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Brasil e Rússia discutem parceria estratégica na área militar

16 out 2013 - 20h10
(atualizado às 20h49)
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Os ministros da Defesa do Brasil, Celso Amorim, e da Rússia, Sergey Kuzhugetovich, reuniram-se nesta quarta-feira para tratar da parceria estratégica militar acertada em dezembro entre os presidentes Dilma Rousseff e Vladimir Putin. Em pauta, a compra de sistemas de defesa antiaérea móvel (Panzir, de médio alcance) e portátil (Igla, de curto alcance). A exemplo de outras compras feitas pelo governo brasileiro, o acordo envolverá transferência da tecnologia aplicada nos equipamentos.

"Não se trata de uma visita para comprar ou vender, mas de uma visita de cooperação estratégica entre integrantes do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul)", disse Amorim. Os dois ministros avançaram também nas tratativas para a criação de um grupo de trabalho na área de defesa cibernética e para o intercâmbio de militares. Outro assunto abordado pelos ministros foi o Projeto FX-2, que visa à aquisição, pelo Brasil, de aviões de quarta geração.

No encontro, Amorim informou que o projeto é uma "necessidade mais imediata", mas ressaltou que o Brasil pretende, em médio prazo, buscar também parcerias para o desenvolvimento de caças de quinta geração, com tecnologias e sistemas de armas mais avançados. Amorim disse ao ministro russo que a aquisição dos sistemas de defesa antiaérea - estimada em US$ 1 bilhão, mas com possibilidades de redução deste valor - e dos helicópteros MI-35, ao custo unitário de US$ 25 milhões, representam uma primeira experiência que, se for bem sucedida, poderá avançar ainda mais.

O Brasil já recebeu nove dos 12 helicópteros contratados. Parte deles já está sendo usada pela Força Aérea principalmente na Amazônia. "Nossa visão em relação à Rússia não é a compra eventual de equipamentos militares. Até podemos fazê-lo, mas nossa visão é, sim, buscar parceria estratégica voltada para o desenvolvimento tecnológico conjunto. Por isso, nossas primeiras experiências com vocês são tão importantes", disse Amorim ao ministro russo.

O projeto mais adiantado é o da artilharia antiaérea. Para assinar o contrato, faltam apenas alguns detalhamentos técnicos, principalmente relativos à transferência de tecnologia. A fim de resolvê-los, uma missão técnica brasileira deverá ir à Rússia dentro de um ou dois meses, informou o Ministério da Defesa.

Agência Brasil Agência Brasil
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