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Mundo

Bento XVI defende dignidade dos presos em cadeia na Itália

18 dez 2011 - 11h18
(atualizado às 11h55)
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O papa Bento XVI pediu neste domingo ao governo italiano que evite que as pessoas presas cumpram uma "pena dupla" devido ao excesso de população e à degradação das prisões, durante um encontro com prisioneiros na cadeia de Rebbibia, em Roma.

Durante sua visita a um novo complexo deste grande centro de detenção de um subúrbio do norte de Roma que tem 1.700 presos, o Papa respondeu às perguntas feitas por seis deles sobre problemas como exclusão e miséria, a separação de suas famílias, o perdão de seus pecados pela sociedade e por Deus.

Quando o sumo pontífice de 84 chegou, em um clima frio e úmido, foi recebido por gritos que vinham das celas. Depois visitou uma igreja, onde se encontrou com cerca de 300 presos, que o receberam com emoção e fervor. O Papa passou entre eles, dando-lhes a mão.

Bento XVI se referiu "à degradação" e à "superpopulação" do sistema carcerário italiano, que tem 68 mil prisioneiros para uma capacidade de 44.400 lugares. Também pediu ao novo governo de Mario Monti, que anunciou medidas para tentar encontrar soluções, que fizesse o necessário para que "os detidos não cumpram uma pena dupla" devido às más condições de prisão.

"Vim para manifestar a eles minha proximidade. Mas meu gesto é também um gesto público para lembrar os cidadãos, os governantes, que existem grandes problemas nas prisões". "A vocação das prisões" deveria ser "reencontrar a dignidade humana, e não degradá-la", insistiu.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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