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Europa

Bélgica tem novo rei e por um dia divisões ficam em segundo plano

21 jul 2013 - 10h40
(atualizado às 10h46)
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O príncipe Philippe se tornou neste domingo o novo rei da Bélgica, depois que seu pai Albert abdicou do trono em seu favor. A cerimônia deixou por um dia em segundo plano os questionamentos sobre a poder da monarquia e a capacidade do rei de unir um país dividido.

Philippe, de 53 anos, prestou juramento nas três línguas oficiais do país - holandês, francês e alemão - duas semanas depois do rei Albert, de 79 anos, ter anunciado que abdicaria após 20 anos no trono.

Depois de assinar o ato legislativo de abdicação no palácio real, Albert agradeceu a mulher e disse que o seu filho tinha todas as qualidades para servir bem ao país.

"Minha recomendação final a todos reunidos aqui é trabalhar sem descanso para manter a Bélgica unida", afirmou ele.

Philippe, o novo rei, voltou ao tema quando discursou ao Parlamento. Segundo ele, a riqueza da Bélgica está na sua diversidade.

Um rei, duas nações

Philippe é o sétimo rei do dividido país de 183 anos. Muitos falantes do holandês buscam maior autonomia para o norte e desconfiam de uma monarquia vista como muito ligada ao antes poderoso, mas agora mais pobre, sul, onde a língua francesa predomina.

"Um rei, duas nações", era a manchete do jornal L'Echo, em francês.

Do lado de fora do palácio, uma multidão se reunia em clima de festa, sob intenso calor. O novo rei foi saudado com bandeiras quando apareceu na sacada com a sua mulher, Mathilde.

Houve algumas vozes destoantes. Jan Jambon, líder parlamentar de um partido favorável à independência do norte e à instauração de um regime republicano, declarou: "Isso não faz os cabelos do meu braço se arrepiarem. Isso é parte do meu trabalho como legislador. Caso contrário, em nada me afetaria."

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