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Europa

Áustria inaugura novo museu em antigo campo de concentração

5 mai 2013 - 13h28
(atualizado às 13h54)
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A ministra da Justiça israelense, Tzipi Livni (centro), chega para a cerimônia no novo museu
A ministra da Justiça israelense, Tzipi Livni (centro), chega para a cerimônia no novo museu
Foto: AP

Com a participação de vários líderes políticos, sobreviventes do Holocausto e outros convidados de honra foi inaugurado neste domingo um novo complexo de museus no antigo campo de concentração nazista de Mauthausen, no estado federado da Alta Áustria, informou a televisão pública ORF.

A instituição, subvencionada com 1,7 milhão de euros pelo Estado austríaco, expõe os horrores vividos pelas cerca de 200 mil pessoas que viveram no local entre 1938 e 1945. Mais de 90 mil destes indivíduos morreram após serem presos em Mauthausen ou em um de seus 52 campos satélites por sua origem judaica ou por seus ideais políticos e sociais. As vítimas procediam de dezenas de países, entre elas cerca de 7 mil republicanos espanhóis, que morreram nas câmaras de gás ou pelos maus-tratos sofridos nas mãos dos nazistas.

A inauguração do novo museu foi liderada pelo presidente da Áustria, Heinz Fischer, que estava acompanhado da cúpula do governo austríaco. Além disso, participaram da cerimônia os presidentes da Polônia, Hungria e Sérvia, assim como a ministra da Justiça de Israel, Tzipi Livni, que esteve acompanhado de seu sogro, um sobrevivente de Mauthausen.

O novo museu inclui a Sala dos Nomes, com os dados pessoais de 81 mil das 90 mil vítimas do campo, reunidos por vários pesquisadores em quinze anos de trabalho. A instituição também apresenta uma explicação histórica sobre o dia a dia no campo, 130 objetos originais e trinta entrevistas gravadas em vídeo com sobreviventes do horror nazista.

Aproximadamente 200 mil pessoas visitam todos os anos o campo de Mauthausen para aprender e conhecer o que ocorreu no lugar, que funcionou entre agosto de 1938 e 5 de maio de 1945, quando foi libertado por tropas americanas.

EFE   
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