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Europa

França: atos islamofóbicos aumentam 23,5% no 1º semestre

Atentado terrorista de janeiro contra a revista Charlie Hebdo só "exacerbou uma estigmatização já institucionalizada", diz grupo

1 jul 2015 - 17h24
(atualizado às 18h47)
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Protesto anti-islã em Dresden (Getty)
Protesto anti-islã em Dresden (Getty)
Foto: BBC Mundo / Copyright

Os atos islamofóbicos na França aumentaram 23,5% no primeiro semestre deste ano em comparação com o mesmo período de 2015, com um pico no número de agressões físicas (500%) e de violências verbais (100%), indicou nesta quarta-feira o Coletivo contra a Islamofobia na França (CCIF).

Entre 1º de janeiro e 18 de junho, segundo o relatório, o grupo registrou 489 atos islamofóbicos na França, e um aumento de 400% nos atos de vandalismo e degradação.

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O CCIF, que se baseia nas denúncias feitas diretamente pelas vítimas, explicou que a maior parte das queixas são por discriminação, e que em sete em cada dez casos são cometidas por instituições.

De acordo com o coletivo, 73% dessas vítimas são mulheres e 27% homens. A maioria das agressões não são denunciadas à polícia porque as vítimas pensam que a queixa será desqualificada ou haverá leniência com os autores.

Franceses pregam união, mas islamofobia ronda país:

O atentado terrorista de janeiro contra a revista Charlie Hebdo só "exacerbou uma estigmatização já institucionalizada desde princípios dos anos 2000", destacou o grupo.

O fato mais destacável neste período, segundo o CCIF, é que a discriminação e a violência cometida contra os adultos chegaram às escolas, "com humilhações a vários estudantes de fé muçulmana que reprovam" os ataques jihadistas.

EFE   
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