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Europa

Ativista russa critica concessão do Nobel da Paz à UE

12 out 2012 - 13h27
(atualizado às 13h53)
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A russa Ludmila Alexéyeva, veterana ativista que concorria ao prêmio Nobel da Paz de 2012, criticou a concessão da premiação à União Europeia (EU), nesta sexta-feira, ao relatar que alguns países-membros da organização participaram dos combates no Iraque e Afeganistão.

A União Europeia (UE) foi agraciada nesta sexta-feira com o Prêmio Nobel da Paz de 2012. De acordo com o comitê do Nobel, a UE e as instituições que a precederam em sua formação "contribuíram durante mais de seis décadas para a paz e a reconciliação, a democracia e os direitos humanos"
A União Europeia (UE) foi agraciada nesta sexta-feira com o Prêmio Nobel da Paz de 2012. De acordo com o comitê do Nobel, a UE e as instituições que a precederam em sua formação "contribuíram durante mais de seis décadas para a paz e a reconciliação, a democracia e os direitos humanos"
Foto: Reuters

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"Não entendo como um prêmio de paz possa ser concedido à UE, cujos países participaram da Guerra do Iraque, da Guerra do Afeganistão e outros conflitos", disse à EFE Ludmila, de 85 anos. A ativista manifestou sua "incompreensão" com relação à decisão do Comitê Nobel, já que a UE não é uma organização, mas "um agrupamento de países". "Não entendo. É uma decisão estranha", disse.

Ludmila, que figurava entre os favoritos para receber o prêmio, acredita que a decisão foi tomada como "um apoio moral" aos 27 membros do "agrupamento". "Suponha que a ideia era apoiar a UE em um momento de dificuldade, já que se encontra em plena crise. O Comitê Nobel queria levantar o ânimo deles. Parece que a Angela Merkel ficou muito contente", afirmou. Ela não acredita que o Nobel irá provocar uma mudança radical nas políticas das estruturas burocratizadas da UE.

Ludmila, que participou ativamente, durante anos, nos protestos contra o presidente Vladimir Putin, fez um paralelo de quando o povo canadense recebeu o Nobel da Paz por sua tradição de amparar refugiados de todo mundo. "Isso é mais compreensível, já que muitos canadenses participaram desse trabalho de amparar refugiados de países subdesenvolvidos", apontou. No entanto, a russa afirmou que a "UE tem um bom conceito, já que uniu muitos países que antes combateram uns contra os outros durante duas guerras mundiais".

EFE   
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