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Mundo

Assange está "bem" após detenção em Londres, diz advogado

7 dez 2010 - 12h39
(atualizado às 12h57)
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Julian Assange, o fundador do site WikiLeaks detido nesta terça-feira no Reino Unido a pedido da Justiça da Suécia, está "bem" e à espera de comparecer diante de um tribunal de Londres, informou há pouco seu advogado, Mark Stephens.

Fundador do Wikileaks está preso em Londres:

Assange, cujo site milhares de documentos confidenciais do governo dos Estados Unidos, foi assediado nesta terça-feira por fotógrafos ao chegar no carro da polícia ao tribunal da City de Westminster, onde começará o processo de extradição depois de ser detido atendendo uma ordem de detenção europeia da Suécia, onde é requerido por suposta agressão sexual.

"Está bem", disse Stephens ao chegar à corte, e informou que a reunião que seu cliente teve nesta manhã com a polícia em uma delegacia foi "muito cordial", pois "queriam apenas verificar sua identidade. Queriam saber se ele era o verdadeiro Julian Assange e (agora) estamos preparados para ir ao tribunal".

Acusações
Um porta-voz do WikiLeaks afirmou nesta terça que a detenção de Assange não impedirá a continuidade dos vazamentos de documentos confidenciais. "O ocorrido hoje (terça-feira) contra nosso diretor Julian Assange não afetará nossas operações, vamos divulgar mais vazamentos esta noite como é normal", acrescentou o porta-voz.

Assange, australiano de 39 anos, foi detido nesta terça pela unidade de extradição da Scotland Yard após concordar com os agentes uma "reunião" em uma delegacia e se apresentasse de maneira voluntária.

O fundador do WikiLeaks negou os supostos delitos de agressão sexual e seu advogado, Mark Stephens, relacionou este caso com uma "manobra política". Segundo a polícia, Assange é requerido pela Suécia em relação com delitos de "coerção, dois cargos de abuso sexual e uma violação, todos supostamente cometidos em agosto de 2010".

Stephens havia indicado que seu cliente lutará contra possível extradição à Suécia, já que teme que possa ser entregue aos EUA, local em que políticos chegaram a pedir sua execução. O advogado acrescentou que o WikiLeaks, que a semana passada teve de transferir seu servidor à Suíça após ser retirado das companhias de internet americanos, estava sendo objeto de "um enorme número de ciberataques".

Assange responde a processo na Justiça sueca por delitos sexuais supostamente cometidos em agosto, onde pronunciou várias conferências sobre sua atividade no WikiLeaks. O site WikiLeaks, fundado pelo analista australiano, divulgou nos últimos dias o conteúdo de dezenas de vazamentos diplomatas americanos que continham informação confidencial sobre líderes e governos de diferentes países.



EFE   
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