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Europa

Assange está disposto a ser interrogado em Londres, diz seu advogado sueco

13 mar 2015 - 09h14
(atualizado às 09h14)
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O fundador do Wikileaks, Julian Assange, que se encontra refugiado na embaixada do Equador em Londres, está disposto a ser interrogado na capital britânica pelo Ministério Público da Suécia no caso aberto contra ele por quatro crimes sexuais.

Em 2010, a justiça sueca emitiu uma ordem de prisão contra o ativista. "Está feliz pela decisão, quer ser interrogado e limpar seu nome para que sua vida continue", disse nesta sexta-feira Per E Samuelsson, um dos seus advogados suecos, à emissora pública "Rádio da Suécia".

A promotoria sueca anunciou hoje que enviou uma solicitação aos advogados de Assange para que o interrogatório seja realizado na embaixada do Equador, em Londres, onde se encontra desde 2012, medida que a defesa do jornalista australiano reivindicava há anos e pela qual tinha recorrido aos tribunais.

O Ministério Público sueco, que até agora tinha se negado a viajar para Londres com base na lei do país e à gravidade das acusações, mudou de posição pois vários crimes pelos quais Assange responde prescrevem em agosto desse ano. A justiça da Suécia considera que o ativista deve prestar depoimento no país.

Embora duas instâncias judiciais tenham rejeitado o pedido dos advogados de suspender a ordem e desta forma permitir o interrogatório em Londres, o Tribunal de Apelação sueco criticou em sua decisão a promotora responsável pelo caso, Marianne Ny, pela paralisação do processo.

"Acho que o procurador-geral entrou em contato com Marianne Ny para pedir que a investigação seja retomada. Isto significa que o que pedimos durante quatro anos finalmente ocorrerá, é um triunfo para Assange", afirmou Samuelsson.

Assange é procurado por quatro supostos crimes sexuais contra duas mulheres quando estava visitando a Suécia em agosto de 2010. O jornalista diz que é inocência.

O fundador do Wikileaks foi detido em Londres, em dezembro de 2010, e começou então um longo processo judicial no Reino Unido, que culminou quando o Supremo britânico rejeitou seu último recurso.

O Equador concedeu então asilo político ao ex-hacker para evitar que ele fosse enviado da Suécia aos Estados Unidos, onde poderia enfrentar um julgamento militar por vazamento de informação confidencial divulgada pelo Wikileaks.

EFE   
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