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Europa

Artista amarra galo no pênis e é acusado de "exibicionismo"

Apresentação foi feita ao ar livre, perto da Torre Eiffel, em Paris; espetáculo durou o tempo de a polícia chegar e levar o Steven Cohen para a cadeia, com galo e tudo

5 mai 2014 - 17h50
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<p>Artista performático sul-africano, Steven Cohen dançou na Praça Trocadero lotada de turistas de espartilho</p>
Artista performático sul-africano, Steven Cohen dançou na Praça Trocadero lotada de turistas de espartilho
Foto: Twitter

Um artista performático sul-africano que amarrou um galo vivo em seu pênis durante uma apresentação improvisada ao ar livre perto da Torre Eiffel, em Paris, foi considerado culpado de "exibicionismo sexual", mas o tribunal local não estabeleceu uma sentença, disseram os promotores.

Em setembro, Steven Cohen dançou na Praça Trocadero lotada de turistas de espartilho, saltos altos, luvas vermelhas, um adereço de cabeça elaborado com penas e um galo atado ao pênis por uma fita.

Tendo a Torre Eiffel ao fundo, e sob os olhares divertidos e perplexos dos turistas, incluindo um grupo de freiras, o espetáculo durou só alguns momentos até que a polícia prendesse Cohen, arrastando-o pela praça com galo e tudo.

A advogada de Cohen disse à Reuters estar "aliviada".

"Esta é uma decisão bastante ponderada", declarou Agnès Tricoire. "Na minha opinião, este caso jamais deveria ter chegado ao tribunal".

Em uma entrevista de março ao jornal Le Figaro, Cohen disse que as autoridades "não tem nenhuma compreensão do que é arte, o que é uma performance".

"Se me condenarem... verei isso como um fracasso da Justiça francesa", afirmou Cohen, que vive na França há cerca de dez anos.

Os promotores pediram uma multa de 1.000 euros.

Cohen é conhecido por suas "intervenções na arena pública", de acordo com a sua biografia. Vestindo um tutu iluminado, certa vez ele entrou em um campo de sem-teto em Johanesburgo enquanto o local era demolido.

O número parisiense foi uma reação ao um mundo cada vez mais homofóbico, xenófobo e antissemita, disse Cohen ao jornal.

"Estou mostrando a minha parte mais íntima, dizendo: sou homem, judeu, gay, branco", declarou.

Ele disse que o galo, chamado Franck, não ficou ferido durante a apresentação e foi escolhido "porque é o emblema da França".

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