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Europa

Armênia elogia reconhecimento do genocídio pelo parlamento alemão

2 jun 2016 - 09h39
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A Armênia elogiou nesta quinta-feira a resolução do parlamento alemão que reconhece como genocídio o massacre de 1,5 milhão de armênios cometido há mais de um século pelo Império Otomano, ao qual a Turquia se opunha.

"É a valiosa contribuição da Alemanha não só ao reconhecimento e condenação do genocídio armênio, mas à luta universal contra os genocídios e à prevenção dos crimes contra a humanidade", disse Eduard Nalbandian, ministro das Relações Exteriores armênio, em comunicado .

Nalbandian se referia tanto à resolução aprovada por unanimidade pelos parlamentares alemães, como às reiteradas declarações do presidente alemão, Joachim Gauck, em defesa da causa armênia.

"Enquanto Alemanha e Áustria reconhecem sua parte de responsabilidade como antigos aliados do Império Otomano no genocídio dos armênios, as autoridades turcas seguem obstinadamente negando o fato irrefutável do genocídio armênio cometido pelo Império Otomano", afirmou.

O chefe da diplomacia armênia ressaltou que "a comunidade internacional está há 101 anos esperando que a Turquia olhe para sua própria história".

Com ocasião do centenário do início dos massacres, que a Armênia celebrou em 2015, Yerevan pediu a Ancara que reconheça o genocídio, mas o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, se limitou a expressar suas condolências "aos filhos e netos" dos armênios massacrados.

Erdogan descreveu então o genocídio armênio como "tristes eventos" acontecidos durante "a Primeira Guerra Mundial".

O presidente da Armênia, Serzh Sargsyan, tinha pedido aos deputados alemães em Berlim que não se intimidassem por Erdogan e lembrou que já no ano passado Gauck reconheceu o genocídio armênio.EFE

EFE   
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