PUBLICIDADE

Europa

Antuérpia comemora sucesso do WorldOutgames, os 'Jogos Olímpicos' gays

11 ago 2013 - 19h52
Compartilhar

Milhares de atletas gays, lésbicas, bissexuais e transexuais participaram nos últimos dias do WorldOutgames, realizados na Antuérpia, onde o importante não era vencer, mas contribuir à aceitação desta comunidade no mundo do esporte.

Sob o lema "Love-United", a terceira edição internacional dos "Jogos Olímpicos gays" reuniu desde o último dia 31 de julho cerca de cinco mil esportistas de países tão diversos como Austrália, Espanha, Estados Unidos, Camarões, Japão, Rússia e México.

Após Montreal em 2006 e Copenhague em 2009, a sede escolhida foi a cidade belga da Antuérpia, atual Capital Europeia do Esporte e que demonstrou seu espírito liberal até o encerramento da competição neste domingo.

O evento combinou competições em 32 modalidades, além de conferências e seminários centrados nos direitos da comunidade LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e transgêneros) e eventos culturais e festivos.

"Nossa meta é que qualquer pessoa possa conviver e competir com outras sem ter medo de mostrar quem é", afirmou à Agencia Efe o presidente do conselho de organização, Bart Abeel.

"O esporte de alto nível é ainda um mundo no qual ser gay não é nada fácil, e em categorias como o futebol há muita homofobia", denunciou Abeel.

Além do futebol, o WorldOutgames promoveu competições de natação, vôlei, luta olímpica, badminton, dança entre casais do mesmo sexo, maratona e meia maratona.

A cerimônia de encerramento neste domingo coincidiu com a Antuérpia Pride, festa do orgulho gay da cidade que reuniu mais de 200 mil pessoas.

"Os WorldOutgames não seriam necessários em um mundo ideal", declarou o responsável da organização, que destacou o "privilégio que representa viver em países como Holanda, Bélgica e Espanha", pioneiros no reconhecimento de direitos dos homossexuais.

"Mas enquanto as pessoas continuarem sofrendo e lutando de forma dramática pelo fato de serem diferentes em lugares como África, Oriente Médio e Rússia, organizar os WorldOutGames faz muito sentido", concluiu Abeel.

EFE   
Compartilhar
Publicidade