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Europa

Amanda Knox é absolvida por tribunal italiano em acusação de assassinato

27 mar 2015 - 21h11
(atualizado às 21h11)
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O principal tribunal italiano anulou nesta sexta-feira a condenação da norte-americana Amanda Knox pelo assassinato da estudante britânica Meredith Kercher em 2007, e, em um veredicto surpreedente, a absolveu da acusação.

O assassinato brutal e a sequência de audiências judiciais atraíram a atenção mundial, inspirando livros e filmes. A família de Kercher disse que Meredith, que morreu com 21 anos, corria o risco de ser esquecida.

O Tribunal de Cassação anulou a segunda condenação imposta a Knox e seu ex-namorado italiano Raffaele Sollecito pelo esfaqueamento, argumentando que não havia provas suficientes para condenar qualquer um deles.

Era amplamente esperado que, mesmo que o tribunal anulasse as condenações anteriores, seria determinado um novo julgamento. Em vez disso, Knox e Sollecito estão agora definitivamente livres.

"Eu não posso te dizer como me sinto neste momento", disse o advogado de Amanda Knox, Luciano Ghirga, do lado de fora do tribunal de Roma após o veredicto antes de ligar para sua cliente para contar a notícia.

"Eu, pessoalmente, me sinto muito feliz que a verdade tenha vencido, ela é inocente", afirmou David Marriott, um porta-voz de Knox em sua cidade natal, Seattle.

A promotoria havia pedido penas de prisão de 28 anos e três meses para Knox, e 24 anos e nove meses para Sollecito.

Amanda Knox, de 27 anos, e Sollecito, de 31, já cumpriram quatro anos de prisão cada depois de uma condenação original em 2009.

As absolvições quase oito anos após o assassinato certamente causarão mais polêmica e dúvidas sobre o sistema judicial italiano, que por duas vezes já anulou veredictos de culpa no caso.

Nascida no sul de Londres, Kercher foi encontrada morta a facadas em uma casa que ela dividia com Amanda Knox na cidade medieval de Perugia em 2007. Rudy Guede, natural de Costa do Marfim, está cumprindo uma sentença de 16 anos pelo crime, mas os juízes em julgamentos anteriores determinaram que ele não agiu sozinho.

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