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Europa

Alemanha reconstrói portão de campo de concentração após roubo do original

16 abr 2015 - 13h20
(atualizado às 13h20)
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Um ferreiro alemão que reconstruiu meticulosamente o portão de ferro do campo de concentração nazista de Dachau, com a notória frase "Arbeit macht frei" (o trabalho liberta), disse nesta quinta-feira que esperava que ninguém percebesse que seu trabalho era uma réplica.

Réplica do portão principal do campo de concentração de Dachau com os dizeres "Arbeit macht frei" (o trabalho liberta) é vista na oficina do ferreiro Michael Poitner, perto de Dachau. 15/04/2015
Réplica do portão principal do campo de concentração de Dachau com os dizeres "Arbeit macht frei" (o trabalho liberta) é vista na oficina do ferreiro Michael Poitner, perto de Dachau. 15/04/2015
Foto: Michael Dalder / Reuters

Michael Poitner disse que ficou honrado por ganhar o contrato da reconstrução do portão de 1,87 metro e 108 quilos, que foi roubado no ano passado em Dachau, primeiro campo de concentração nazista, estabelecido em 1933.

"Foi uma tarefa grandiosa, cheia de história, e vai permanecer por muito mais tempo que eu", disse Poitner à Reuters, após fazer os toques finais no portão para a cerimônia de 3 de maio, que marca os 70 anos da liberação do campo pelas tropas norte-americanas.

A chanceler Angela Merkel, que em 2013 se tornou a primeira líder alemã a visitar Dachau, se reunirá com cerca de 100 sobreviventes na cerimônia. Ela visitou o campo de Buchenwald com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, em 2009.

Os nazistas abriram o campo de Dachau, nos arredores de Munique, poucas semanas após Adolf Hitler tomar o poder. Inicialmente feito para deter rivais políticos, o campo se tornou um protótipo para uma rede de campos de concentração onde 6 milhões de judeus foram assassinados. Mais de 41 mil morreram em Dachau.

Mais de 200 mil pessoas foram detidas no campo até o momento que as tropas norte-americanas chegaram ao local em 1945. Imagens da televisão de pilhas de corpos e presos famintos do campo estão entre as primeiras imagens do Holocausto vistas pelo mundo.

O portão original de Dachau foi roubado em novembro e a polícia ainda não o recuperou.

Em dezembro de 2009 uma placa similar com os dizeres "Arbeit macht frei" foi roubada por um sueco na entrada do campo de Auschwitz, na Polônia.

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