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Europa

Alemanha promete trabalhar com Hollande pelo crescimento

6 mai 2012 - 16h41
(atualizado às 18h33)
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A chanceler alemã, Angela Merkel, telefonou neste domingo para felicitar François Hollande por sua vitória na eleição presidencial da França e convidá-lo a visitar Berlim, informou neste domingo o diretor de campanha do líder socialista francês, Pierre Moscovici.

O presidente e candidato à reeleição na França, Nicolas Sarkozy, tornou-se alvo de uma polêmica devido a um movimento insólito que praticou durante um comício na Praça da Concórdia, em Paris, no último domingo. Sarkozy tirou o seu caríssimo relógio, um Patek Philippe avaliado em US$ 70 mil, durante o contato com os eleitores. Acima, o presidente francês ainda de relógio
O presidente e candidato à reeleição na França, Nicolas Sarkozy, tornou-se alvo de uma polêmica devido a um movimento insólito que praticou durante um comício na Praça da Concórdia, em Paris, no último domingo. Sarkozy tirou o seu caríssimo relógio, um Patek Philippe avaliado em US$ 70 mil, durante o contato com os eleitores. Acima, o presidente francês ainda de relógio
Foto: AFP

Angela "Merkel telefonou para cumprimentá-lo pela vitória e ambos acertaram um primeiro encontro e trabalhar juntos para fortalecer a relação franco-alemã em prol da Europa", disse Moscovici. "Merkel o convidou a visitar Berlim, o que fará rapidamente após a posse". Hollande assumirá a presidência até o dia 15 de maio.

Segundo o diretor da campanha socialista, Hollande deve conversar por telefone com o presidente americano, Barack Obama, ainda na noite deste domingo.

Mais cedo, o governo alemão se comprometeu a manter uma "estreita colaboração" com Hollande para resolver a crise da zona do euro, desde a dupla perspectiva do pacto fiscal e também do crescimento econômico na União Europeia (UE).

"Queremos trabalhar muito estreitamente com o novo presidente francês", afirmou o ministro de Relações Exteriores, Guido Westerwelle, que qualificou de "fato histórico" a vitória de hoje do candidato socialista nas eleições presidenciais da França. "Temos um pacto fiscal. Agora vamos acrescentar um pacto do crescimento para incentivar a competitividade econômica", acrescentou o chefe da diplomacia alemã em uma visita à embaixada francesa em Berlim.

A União Democrata-Cristã Alemã (CDU), partido de Angela Merkel, lançou em paralelo uma clara advertência a Paris a respeito do pacto fiscal na UE e o propósito expressado na campanha eleitoral por parte de Hollande de renegociá-lo.

O vice-presidente do grupo parlamentar conservador, Andreas Schockenhoff, pressionou o vencedor das eleições a "deixar claro" que não se propõe a modificar o pacto fiscal, assinado por 25 dos 27 membros da UE. "Todos nós queremos um crescimento sólido na Europa. Para isso, não deve sacrificar-se nem a política de estabilidade nem a disciplina orçamentária", indicou o político conservador. Hollande "deve deixar claro, e em breve, que não haverá mudanças no pacto fiscal", insistiu Schockenhoff.

Merkel expressou reiteradamente sua rejeição a qualquer mudança nesse pacto, com o argumento que foi aceito livremente por 25 dos 27 membros da UE e que na maioria destes países já entrou em trâmite parlamentar.

Com informações das agências AFP e EFE

Fonte: Terra
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