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Europa

Advogados de Berlusconi pedem absolvição no caso Ruby

3 jun 2013 - 09h46
(atualizado às 09h59)
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Combinação de imagens mostra Ruby (esq.) e Berlusconi (dir.)
Combinação de imagens mostra Ruby (esq.) e Berlusconi (dir.)
Foto: Reuters

Os advogados de Silvio Berlusconi pediram nesta segunda-feira a absolvição do magnata das comunicações e ex-primeiro-ministro italiano, acusado pela justiça de seu país de abuso de poder e prostituição de menor de idade no chamado caso Ruby.

A promotoria de Milão pediu há três semanas uma condenação a seis anos de prisão e a perda dos direitos políticos de Berlusconi por toda a vida. Para o advogado do empresário e líder da direita italiana, Niccolò Ghedini, Berlusconi "não cometeu nenhum crime" e deve ser absolvido. Ghedini afirmou que Berlusconi atuou junto à polícia para ajudar a jovem marroquina Ruby por razões "humanitárias" e não cometeu nenhum delito contra a administração pública.

Berlusconi, 76 anos, está sendo julgado desde abril de 2011 em Milão por prostituição de menores e abuso de poder. O ex-chefe de governo foi acusado de pagar em 10 ocasiões a Ruby, então ainda menor de idade, em troca de serviços sexuais e de ter pressionado a polícia para libertar a jovem após sua detenção, em maio de 2010, por furto.

A promotora Ilda Bocassini, chamada de La Rossa (a ruiva) por sua reputação de implacável durante as investigações contra a máfia, denunciou em uma longa audiência de quatro horas "o sistema de prostituição montado para satisfazer sexualmente Silvio Berlusconi".

Segundo Bocassini, a jovem marroquina Karima el Mahrug, conhecida como Ruby, no centro do julgamento contra o ex-chefe de governo, participou ainda menor de idade das festas do magnata, conhecidas como "bunga-bunga", organizadas em suas residências privadas.

Na alegação final, o advogado Ghedini acusou os juízes de preconceito contra Berlusconi e denunciou a "proximidade cultural" com a promotora Boccasini. Segundo os advogados, os jantares com jovens e prostitutas de luxo na mansão milanesa de Berlusconi eram reuniões "elegantes e normais".

Os defensores do magnata afirmam que Berlusconi atuou contra a prisão da jovem porque acreditava que ela era sobrinha do ex-presidente egípcio Hosni Mubarak, o que podia ser confirmado pelos ex-ministros Franco Frattini e Giancarlo Galán, segundo os advogados.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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