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Europa

Abraços e flores substituem paralelepípedos nos protestos da Turquia

22 jun 2013 - 07h25
(atualizado às 07h44)
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Menos paralelepípedos, menos gás lacrimogêneo e mais abraços e flores; esse parece ser o novo clima das manifestações populares que ocorrem há mais de três semanas na Turquia.

Prestes a completar-se uma semana das últimas ações policiais violentas na cidade, os protestos em Istambul não acabaram, mas se transformaram: na sexta-feira, um grupo de meninas se manifestou na emblemática praça Taksim, ainda sob forte vigilância, com cartazes nos quais se lia "Me abrace".

O convite era aceito por vários transeuntes, assim como pelos "cidadãos de pé", as pessoas que todas as horas se manifestam de maneira imóvel e silenciosa neste espaço público, informou neste sábado o jornal Hürriyet.

O evento aconteceu após uma concentração feminista na praça, na qual uma centena de mulheres se manifestpu em silêncio, mas com folhas de papel coladas ao corpo nas quais se lia "Pelo menos três parques", "Pelo menos três barricadas" e "Pelo menos três amantes".

Expressavam assim uma irônica rejeição ao primeiro-ministro, Recep Tayyip Erdogan, que pediu reiteradamente que cada mulher turca deveria ter pelo menos três filhos.

Para hoje foi convocado outro ato em massa, no qual milhares de cidadãos de diferentes partes de Istambul levarão cravos vermelhos à praça Taksim para lembrar o que ocorreu há uma semana, quando o adjacente parque Gezi, ainda isolado e sob vigilância, foi desocupado pela polícia.

Por outra parte, um julgado de Ancara decretou neste sábado prisão preventiva para 23 detidos nas manifestações, sob acusação de terem promovido atos violentos.

EFE   
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