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580 dias: ambientalistas protestam pelo abandono do Costa Concordia

16 ago 2013 - 12h30
(atualizado às 12h33)
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Ambientalistas usam navio Goletta Verde para estender faixa de 12 m com dizeres: "581 dias e o Concordia ainda está aqui"
Ambientalistas usam navio Goletta Verde para estender faixa de 12 m com dizeres: "581 dias e o Concordia ainda está aqui"
Foto: Ansa / Divulgação

Um grupo de ambientalistas italianos membros da organização "Legambiente" realizaram nesta sexta, dia 16, uma blitz na ilha do Giglio, em frente ao navio Costa Concordia, que permanece encalhado há um ano e meio no mesmo local onde ocorreu o acidente. "581 dias e o Concordia ainda está aqui", estava escrito na faixa de 12 metros erguida do navio Goletta Verde.

O presidente nacional do grupo ambientalista, Vittorio Cogliati Dezza, expressou "séria preocupação" para a situação do Concordia, que comparou a "um jogo do banco imobiliário, onde sempre se volta ao ponto de partida". "Vamos parar com as brincadeiras, estamos em frente a uma verdadeira emergência nacional que parece ser ignorada pelo Ministério das Infra-estruturas e dos Transportes, que se destacou por sua inércia e silêncio", afirmou Dezza.

O chefe da Proteção Civil italiana, Franco Gabrielli, declarou que "esse caso não deve ser considerado como o exemplo da ineficiência desse país". Participando da manifestação de Legambiente, Gabrielli, que foi nomeado pelo governo Comissário para a Emergência do Costa Concordia, explicou que a Proteção Civil "não ficou sem fazer nada" e ressaltou como as operações de resgate são realizadas por uma empresa privada e por isso o contribuinte italiano "não gastou um centavo, mesmo sendo uma operação nunca realizada antes".

O transatlântico de luxo Costa Concordia, de 290 metros de largura e 70 metros de altura, naufragou no dia 13 de janeiro de 2012, após uma colisão contra rochas próximas à Isola del Giglio, provocando a morte de 32 pessoas das 4.229 pessoas que estavam a bordo. O ex-capitão Francesco Schettino está sendo processado por homicídio culposo múltiplo, abandono do navio, naufrágio e por não ter informado imediatamente às autoridades portuárias sobre a colisão.

Fonte: Ansa
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