PUBLICIDADE

Eleições nos EUA

EUA: redes sociais, um novo e rentável termômetro nas eleições

19 ago 2012 - 00h59
(atualizado às 02h45)
Compartilhar

As eleições presidenciais de 2012 nos Estados Unidos serão as primeiras a terem as redes sociais como peça-chave, tanto para os estrategistas de campanha, como para cobrir em tempo real uma passeata de um candidato.

A campanha para a presidência dos Estados Unidos toma conta das televisões no país. Mas, ao contrário dos anúncios promoverem propostas dos candidatos para o próximo quadriênio, o que se vê é a troca de ataques entre Obama e Romney - especialmente ao histórico de um e de outro na área econômica  -, a chamada campanha negativa. Veja a seguir alguns dos anúncios mais recentes da corrida presidencial americana
A campanha para a presidência dos Estados Unidos toma conta das televisões no país. Mas, ao contrário dos anúncios promoverem propostas dos candidatos para o próximo quadriênio, o que se vê é a troca de ataques entre Obama e Romney - especialmente ao histórico de um e de outro na área econômica -, a chamada campanha negativa. Veja a seguir alguns dos anúncios mais recentes da corrida presidencial americana
Foto: Reprodução

Quem disse isto foi Adam Sharp, Chefe de Governo, Notícias e Inovação do Twitter, já que pela primeira vez na história das eleições americanas os grandes volumes de informação da rede "permitem ver conversas que antes ocorriam em cafeterias e na cozinha do escritório, e agora acontecem na internet".

Os escritórios de campanha do presidente Barack Obama contam, além dos tradicionais voluntários para fazer ligações telefônicas e organizar eventos, com mais de cem engenheiros eletrônicos.

O grupo analisa as tendências da internet e as opiniões que são expressadas pelos usuários nas redes sociais, para planejar uma campanha efetiva em um meio que cada vez se aproxima mais da importância da televisão.

Obama tem muito mais força na internet que seu adversário, o republicano Mitt Romney, que ainda luta para alcançar o forte desempenho do presidente americano no Twitter, em blogs ou nos aplicativos de celulares.

A campanha de Obama gastou US$ 36 milhões em publicidade e propagandas na internet, e US$ 86 milhões na televisão, de acordo com o jornal The New York Times. A campanha de Romney ronda os US$ 10 milhões na mídia digital, contra US$ 47 milhões em publicidade na TV, segundo dados recolhidos por empresas que analisam as despesas da campanha.

Desde as eleições de 2008, o crescimento das redes sociais e as ferramentas para medir a informação que geram, levaram às principais plataformas de internet a habilitarem aplicativos que cobrem dia a dia o que antecederá as eleições do dia 6 de novembro.

As menções e seguidores do Twitter, os "curti" do Facebook ou os números de buscas no Google se transformaram em outro parâmetro, e ao contrário das pesquisas, estes acontecem em tempo real.

O presidente Barack Obama, pioneiro em 2008 no uso da internet com propósitos eleitorais, é um dos usuários mais ativos da rede, com suas contas no Facebook, Twitter, Instagram (portal de fotos) e YouTube.

De acordo com a análise das redes sociais publicada nesta quarta-feira pelo Pew Center, a campanha de Obama é tão ativa quanto a de Mitt Romney, no Facebook e no YouTube, mas o presidente gera muitos mais comentários e respostas positivas do que seu oponente.

O relatório, que analisa dados do mês de junho, afirma que apesar da oportunidade da comunicação multidirecional que a internet oferece, nem os democratas e nem os republicanos estão abertos ao debate na rede e preferem gerar apenas conteúdo limitado.

Para os recém chegados, como o candidato republicano à Vice-Presidência, o congressista Paul Ryan, representante do estado de Wisconsin, o Facebook foi um importante meio para ele ficar conhecido no mundo virtual, de acordo com o "Talk Meter", um aplicativo do Facebook e da rede de TV CNN, que mede a escala de comentários na rede social.

Ryan, desconhecido para mais da metade dos americanos antes do sábado passado, passou a ocupar o primeiro lugar da escala de popularidade na rede social e agora o perfil do político tem mais de meio milhão de ações de "curtir".

O Twitter, rede social das mensagens curtas, criou um medidor que analisa diariamente 400 milhões de comentários e expõe um gráfico em tempo real das opiniões do candidato, um método que pode substituir as pesquisas no futuro.

"Queremos ser mais rápidos e confiáveis na opinião dos eleitores, do que as pesquisas tradicionais. O novo instrumento mede o volume de comentários e produz uma espécie de "análise de sentimento" para saber se o tweet sobre um determinado candidato tem valor positivo ou negativo", afirmam os responsáveis do "Twitter Election Index".

Segundo Sheila Krumholz, diretora-executiva da OpenSecrets.org, organização encarregada de analisar as despesas e doações a políticos, "o YouTube se transformou em um centro de experimentos de vídeos onde se analisa a resposta a certas mensagens", antes de colocá-las na televisão.

EFE   
Compartilhar
Publicidade