Obama pede que Congresso aprove extensão de corte de impostos
14 jul2012 - 09h58
(atualizado às 10h09)
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O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pediu ao Congresso neste sábado que aprove uma extensão dos cortes dos impostos para a maioria dos americanos, mas não para as rendas mais altas.
"Sob meu plano, 98% das famílias americanas não verão aumento dos impostos sobre sua renda", disse o presidente em seu discurso semanal por rádio e internet. "Mas os outros 2% de americanos terão que pagar um pouco mais de impostos sobre rendas superiores a 250 mil dólares", disse Obama. "Em outras palavras, os poucos americanos mais ricos voltarão aos impostos que pagavam sob (o governo do ex-presidente democrata) Bill Clinton.
No dia 1 de janeiro de 2013 está prevista a expiração de um corte de impostos adotado sob o mandato do ex-presidente republicano George W. Bush e estendido por Obama, mas os dois partidos não entram em acordo sobre como prolongá-lo. Enquanto Obama e os democratas querem aumentar os impostos aos ricos, os republicanos dizem que esta medida minará ainda mais a frágil recuperação econômica do país.
Se o corte de impostos expirar, "será um grande golpe econômico para as famílias de classe média", justificou Obama em sua declaração. O presidente rejeitou a ideia dos republicanos, segundo a qual um maior número de ricos ajudará a criar emprego para os americanos de classe média.
"Já tentamos este caminho na maior parte da década passada, mas não funcionou", disse Obama.
O candidato republicano à presidência aponta para um membro da plateia ao terminar seu discurso. Os eleitores negros, que majoritariamente apoiam Barack Obama, defendem a reforma da saúde, que prevê estender a cobertura para 32 milhões de americanos menos favorecidos
Foto: AP
O multimilionário foi vaiado por cerca de 25 segundos depois de dizer: "Vou eliminar todos os dispositivos caros e não essenciais que eu possa encontrar, o que inclui a 'Obamacare'" , apelido da reforma do presidente Barack Obama
Foto: AP
Plateia assiste a discurso de Romney durante a convenção anual do maior grupo de defesa dos direitos dos negros nos Estados Unidos
Foto: AP
Os eleitores negros, que majoritariamente apoiam Barack Obama, defendem a reforma da saúde, que prevê estender a cobertura para 32 milhões de americanos menos favorecidos
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Mitt Romney faz uma pausa durante o seu discurso na convenção da Associação Nacional para o Progresso de Pessoas de Cor (NAACP), em Houston, no Estado do Texas
Foto: AP
Ao propor a revogação da reforma do seguro de saúde de Barack Obama, o candidato republicano à presidência dos Estados Unidos, Mitt Romney, foi vaiado nesta quarta-feira durante a convenção da maior organização afro-americana dos Estados Unidos