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Estados Unidos

Pesquisa aponta ligeira vantagem de Romney entre católicos

13 fev 2012 - 22h26
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Apesar da recente polêmica sobre a oferta gratuita de métodos anticoncepcionais que contrapôs a Casa Branca a líderes da Igreja Católica, os norte-americanos que seguem essa religião têm praticamente as mesmas opiniões políticas que o restante da população, segundo uma pesquisa Reuters/Ipsos divulgada na segunda-feira. Entre os católicos, 37% aprovam o desempenho do presidente Barack Obama, e 48% reprovam. A mesma pesquisa - feita pela internet junto a eleitores registrados, entre os dias 6 e 13 de fevereiro - mostrou que, entre os não-católicos, Obama tem 37% de aprovação e 50% de reprovação.

Outra coincidência: 25% dos católicos acham que os EUA estão na direção correta, e 61% acham que não. Entre os não-católicos, 24% veem os EUA na direção certa, e 63% dizem que o país vai na direção errada. Tanto entre católicos quanto entre os não-católicos, há uma situação de empate técnico se o indicado do Partido Republicano para enfrentar Obama for Mitt Romney; entre os católicos, no entanto, Romney tem uma ligeira vantagem numérica em relação a Obama.

Entre os não-católicos, Obama lidera com 42% das intenções de voto, contra 39% de Romney. Entre os católicos, Romney sobe a 44%, e Obama mantém os mesmos 42%. Na sexta-feira, num recuo em relação a uma decisão anterior, Obama determinou que os planos de saúde ofereçam gratuitamente métodos anticoncepcionais para funcionárias de empresas com afiliação religiosa - como hospitais e universidades católicas.

Pela regra anterior, as próprias empresas deveriam oferecer esse recurso, que viola a doutrina católica. Muitos líderes religiosos demonstraram insatisfação com a decisão inicial, que ameaçava indispor Obama junto ao importante eleitorado católico. Romney e outros pré-candidatos republicanos usaram a polêmica para argumentar que a Casa Branca está em guerra contra as religiões.

A pesquisa Reuters/Ipsos mostrou que 42% dos católicos discordam da ideia de que universidades e hospitais ligados à Igreja deveriam oferecer métodos contraceptivos às funcionárias. Entre os não-católicos, só 33% discordaram. Para Chris Jackson, diretor de pesquisas da Ipsos Public Affairs, esses números mostram que Obama agiu de forma sensata ao revogar a medida. "Sair com uma vitória agora, ou pelo menos com um empate, é uma boa estratégia antes que isso se torne uma questão maior. As melhores chances dele para a reeleição sempre foram a economia e focar em melhoras na economia."

A margem de erro para a pesquisa é de 2,6 pontos percentuais entre os não-católicos, e de 5,2 pontos entre a amostra de eleitores católicos. Para as questões específicas sobre a política de controle da natalidade, a margem de erro era de 3,4 e 6,7 pontos percentuais respectivamente. A pesquisa ouviu 1.899 não-católicos e 484 católicos, mas as perguntas sobre contracepção foram dirigidas apenas a 1.136 não-católicos e a 287 católicos.

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