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Estados Unidos

Republicano Gingrich afirma que só ele pode vencer Obama

22 jan 2012 - 21h22
(atualizado às 21h33)
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O ex-presidente da Câmara de Representantes (Deputados) dos Estados Unidos Newt Gingrich afirmou neste domingo em vários programas televisivos que ele é o único candidato republicano capaz de vencer o presidente Barack Obama em novembro.

O veterano Newt Gingrich celebra a vitória nas primárias da Carolina do Sul
O veterano Newt Gingrich celebra a vitória nas primárias da Carolina do Sul
Foto: AFP

Eleições presidenciais nos EUA: acompanhe as primárias do Partido Republicano

Gingrich, que na noite do sábado obteve uma improvável vitória nas primárias republicanas da Carolina do Sul contra o ex-governador de Massachusetts Mitt Romney tentou "vender" em vários dos principais programas dominicais sua capacidade de recuperar a Casa Branca no dia 6 de novembro.

"Posso concorrer ponto a ponto com Obama nos grandes temas. Existem grandes diferenças", disse Gingrich em declarações à rede CNN.

A dinâmica de um duelo entre ele e Obama em novembro é "muito melhor para os republicanos que a de uma luta entre Romney e Obama", afirmou.

Ao explicar seu ressurgimento na disputa, Gingrich comparou sua campanha com a do falecido ícone do Partido Republicano Ronald Reagan, que em dezembro de 1979 estava 30 pontos atrás do então presidente democrata Jimmy Carter.

Reagan, lembrou Gingrich, conseguiu convencer o eleitorado com suas ideias conservadoras e valores e "o país decidiu que ele tinha razão".

Em um programa da rede NBC, advertiu, em relação à candidatura de Romney, que "a última coisa que os republicanos querem é nomear alguém que vá afundar em setembro", quando o presidente Obama aceitar a candidatura democrata.

"Vencer Barack Obama tem que ser a missão número um do Partido Republicano. Um segundo mandato para Barack Obama será um desastre para este país, e eu estou comprometido em vencê-lo", assegurou.

Segundo Gingrich, a mensagem dos eleitores da Carolina do Sul foi dupla: por um lado, "dor" e "sofrimento" pelo "tremendo" nível de desemprego e por, outro, o "nível de raiva" contra o sistema estabelecido.

Perguntado sobre o ceticismo em relação a sua candidatura, Gingrich reiterou que só ele pode vencer a Obama e que, para as primárias da Flórida no dia 31 de janeiro, os eleitores terão a opção entre Romney, candidato do "establishment", e o "conservadorismo populista de Reagan" que ele representa.

Essa mesma mensagem levou a um programa da rede CBS, no qual disse que só ele tem a experiência, o histórico e a capacidade de "transmitir uma mensagem conservadora com autenticidade".

Gingrich, Romney e Santorum competirão ferozmente nas primárias da Flórida em nove dias. Paul decidiu evitar essas primárias para se concentrar nos "caucus" (assembleias populares) de outros estados.

As primárias republicanas de 2012

No dia 3 de janeiro, foi dada a largada para a escolha do candidato republicano que enfrentará Barack Obama nas eleições presidenciais, no dia 6 de novembro de 2012. Trata-se de um longo processo de realização de primárias nos Estados e territórios americanos, durante o qual os eleitores elegerão delegados que participarão da Convenção Nacional do Partido Republicano, nos dias 27 e 30 de agosto.

Nas primárias, os eleitores vão às urnas e, por meio de voto secreto, escolhem os delegados que representam seus interesses. Além das primárias tradicionais (realizadas na maioria dos Estados), algumas unidades optam pelas caucuses: pequenas assembleias, geralmente compostas por militantes partidários, que têm a mesma função das primárias, mas com a principal diferença de que em uma caucus o voto é público.

As primárias e as caucuses possuem uma quantidade de delegados proporcional ao tamanho da população do Estado que representam, ao passo os pré-candidatos mais votados recebem um número de delegados proporcional à quantidade de votos obtidos. Em 2012, serão 38 primárias e 17 caucuses, que, juntas, distribuirão 2.286 delegados. Será candidato aquele que, na Convenção, obtiver os votos de ao menos 1.144 delegados.

EFE   
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