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Mundo

EUA exigem que Tunísia respeite direitos humanos

14 jan 2011 - 16h58
(atualizado às 17h10)
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A Casa Branca afirmou na sexta-feira que estava monitorando os acontecimentos na Tunísia depois da notícia de que o presidente Ben Ali havia deixado o país e exigiu que as autoridades respeitassem os direitos humanos.

Manifestantes jogam pedras durante confrontos com forças de segurança na avenida Mohamed V em Túnis
Manifestantes jogam pedras durante confrontos com forças de segurança na avenida Mohamed V em Túnis
Foto: AFP

"Condenamos a recente violência contra civis na Tunísia e exigimos que as autoridades tunisianas cumpram os compromissos importantes assumidos por Ben Ali em seu discurso na véspera ao povo, incluindo respeito aos direitos humanos básicos e um processo bastante necessário de reforma política", disse o porta-voz da Casa Branca, Mike Hammer, em comunicado.

Os Estados Unidos acreditam que o povo tunisiano tem o direito de escolher seus líderes, acrescentou o documento.

Tunísia enfrenta crise social e política

Desde as duas últimas semanas, a Tunísia vive uma tensão deflagrada nas ruas. Jovens e estudantes iniciaram protestos contra os altos índices de desemprego e falta de liberdade política, na maior onda de manifestações em décadas.

Em meio a pedidos de calma à população, o governo de Ben Ali anunciou o fechamento de universades e escolas. O exército também saiu às ruas para frear as manifestações, gerando confrontos com os manifestantes e um número ainda incerto de mortos, mas que poderiam passar de 50.

Críticos acusam o governo de corrupção e de usar a ameaça de grupos islâmicos e a necessidade de atrair investimentos estrangeiros como pretexto para manter políticas domésticas repressivas e violar os direitos civis básicos da população.

A crise social ganhou um novo episódio quando, nessa sexta-feira, o presidente Ben Ali abandonou o país, passando o controle do país para o Exército e o comando interino do governo para o primeiro-ministro, Mohamed Ghannouchi.

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