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EUA e Paquistão selam acordo para reabrir rotas terrestres

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Por Andrew Quinn

WASHINGTON, 3 Jul (Reuters) - O Paquistão e os Estados Unidos chegaram a um acordo nesta terça-feira para reabrir as rotas terrestres usadas pela Otan para abastecer as tropas no Afeganistão, colocando fim ao fechamento de sete meses imposto depois que 24 soldados paquistaneses foram mortos por uma aeronave da aliança em novembro do ano passado.

A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, falou com a chanceler paquistanesa, Hina Rabbani Khar. Em um comunicado, Hillary disse que ofereceu "condolências sinceras" pelas mortes, que provocaram uma grave crise diplomática entre os dois aliados.

Khar disse a Hillary que as rotas terrestres estão sendo reabertas e que o "Paquistão continuará a não cobrar nenhuma taxa de transporte, em nome do interesse maior da paz e da segurança no Afeganistão e na região", afirmou a secretária norte-americana.

"Essa é uma demonstração tangível do apoio do Paquistão para um Afeganistão seguro, pacífico e próspero e aos nossos objetivos compartilhados na região", disse Hillary, acrescentando que o acordo permitirá que os Estados Unidos e seus parceiros da Otan conduzam a retirada militar planejada do Afeganistão a um preço muito menor.

O primeiro-ministro do Paquistão, Raja Pervez Ashraf, disse nesta terça-feira que o fechamento das rotas prejudicava os laços com os Estados Unidos, no sinal mais claro até agora de um avanço após sete meses de impasse.

"O fechamento contínuo das linhas de abastecimento prejudica não apenas a nossa relação com os Estados Unidos, mas também com os outros 49 Estados membros da Otan/Isaf", disse Ashraf a autoridades civis e militares, de acordo com um comunicado divulgado pelo gabinete dele.

A declaração de Hillary chegou mais perto de um pedido de desculpas direto pelo incidente mortal na fronteira, em novembro, mas permite que Washington diga que não pediu desculpas formais.

O incidente na fronteira foi um novo grande golpe aos laços entre Estados Unidos e Paquistão, depois da operação norte-americana que matou o líder da Al Qaeda, Osama bin Laden, em território paquistanês, em um momento crucial na guerra liderada pelos norte-americanos no Afeganistão.

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