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Europa

EUA e França vão intensificar ataques aéreos contra EI

15 nov 2015 - 14h42
(atualizado às 15h51)
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Foto: Getty Images

A França vai intensificar os ataques aéreos contra o grupo autodenominado Estado Islâmico na Síria e no Iraque, em uma ação conjunta com os Estados Unidos, segundo o vice-conselheiro de Segurança Nacional do governo americano, Ben Rhodes.

"Em primeiro lugar, vamos trabalhar em estreita colaboração com a França tanto em termos de troca de informações de inteligência quanto no que diz respeito à resposta militar na Síria", afirmou Rhodes à emissora americana ABC TV durante a cúpula do G-20, na Turquia.

"Os franceses têm colaborado conosco no Iraque e na Síria em ataques aéreos. Acredito que queremos intensificar essa colaboração", acrescentou.

Líderes mundiais, entre eles a presidente Dilma Rousseff, estão reunidos na Turquia neste domingo para a reunião do G-20, os 20 países mais ricos do mundo. O anúncio ocorre após uma série de ataques a tiros e explosões na noite de sexta-feira em Paris. Pelo menos 129 pessoas morreram e outras 352 ficaram feridas. O grupo autodenominado Estado Islâmico assumiu a autoria dos atentados, realizados em seis localidades distintas da capital francesa.

O mais letal ocorreu na casa de shows Le Bataclan, durante uma apresentação de uma banda de rock americana. Pelo menos 89 morreram quando quatro homens armados abriram fogo contra a plateia.

Vigílias foram realizadas em diversas cidades do mundo em homenagens aos mortos em Paris. No Rio de Janeiro, dezenas de pessoas levantaram cartazes em que se lia 'Rio est Paris' ('Rio é Paris').

O presidente da França, François Hollande, decretou estado de emergência após o pior ataque à França desde a 2ª Guerra Mundial. Foi o mais letal na Europa desde os atentados a bomba em Madri, em 2004.

Suspeitos

Um dos autores dos ataques, segundo a polícia, é o francês de origem argelina Omar Ismail Mostefai, de 29 anos. Assim como os outros seis homens que teriam participado dos atentados de acordo com autoridades francesas, ele morreu em um atentado suicida.

Seis pessoas próximas a Mostefai foram presas na manhã de sábado.

Natural da cidade de Courcouronnes, a 25 km ao sul de Paris, ele morava na vizinha Chartres até 2012, de acordo com o vice-prefeito de Chartres, Jean-Pierre Gorges.

Mostefai frequentava a mesquita de Luce, perto de Chartres.

Ele tinha um histórico de crimes leves, mas nunca havia sido preso. Os serviços de segurança consideram que Mostefai se radicalizou em 2010, mas ele nunca foi implicado em uma investigação de contraterrorismo.

A polícia está tentando descobrir se ele viajou para a Síria em 2014.

Vídeo mostra momento do ataque à casa de shows em Paris:

Ligação belga?

Além de ter identificado Mostefai, a polícia localizou um carro Seat preto suspeito no subúrbio de Montreuil. Os investigadores suspeitam que ele foi usado por atiradores que atacaram pessoas em restaurantes.

Os investigadores também estão focando em uma possível ligação com a Bélgica após prenderem três homens perto da fronteira da França.

Um Volkswagen Polo preto com registro belga encontrado no Bataclan foi alugado por um francês que morava na Bélgica, de acordo com o procurador chefe de Paris.

O francês foi identificado ao dirigir outro veículo em uma blitz da polícia no sábado enquanto ia para a Bélgica com dois passageiros.

Além disso, um passaporte sírio foi encontrado perto do corpo de um dos extremistas no Stade de France. O documento foi usado para viajar pela ilha grega de Leros no mês passado, de acordo com autoridades gregas.

Vídeo: paranaense mostra Paris após atentado :
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