WikiLeaks: advogado de Assange prepara encontro com polícia
6 dez2010 - 19h12
(atualizado às 20h50)
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O advogado britânico do fundador do WikiLeaks Julian Assange declarou nesta segunda-feira à BBC que está organizando um encontro voluntário entre seu cliente, que pode estar no Reino Unido, e a polícia britânica.
"No fim da tarde recebi um telefonema da polícia para dizer que receberam o pedido de extradição da Suécia", declarou Mark Stephens à rede de televisão britânica. "Seu pedido é entrevistar Julian Assange. Não foi acusado de nada", acrescentou o advogado.
"Estamos tomando providências para nos reunirmos com a polícia voluntariamente a fim de facilitar o interrogatório de que precisam", afirmou, sem divulgar a data do encontro, dizendo apenas que será "em um futuro próximo".
A BBC havia informado anteriormente que a polícia britânica recebeu a nova ordem internacional de captura emitida pela Suécia contra o fundador do WikiLeaks, informação que a Scotland Yard não comentou.
Em reunião com a embaixadora americana Liliana Ayalde, o ministro das Relações Exteriores paraguaio Hector Lacognata disse que o vazamento "é uma questão delicada, que requer prudência"
Foto: Reuters
O ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Guido Westerwelle, qualificou o vazamento como uma "atuação lamentável", que espera que não traga consequências para "a segurança da Alemanha e de seus aliados"
Foto: AP
Hillary afirmou que o Departamento de Estado tomará "medidas agressivas" para responsabilizar quem roubou as informações
Foto: AP
Mahmoud Ahmadinejad acredita que a "conspiração" não vai afetar as relações entre os países árabes
Foto: AP
O premiê israelense, Benjamin Netanyahu, disse que os vazamentos do WikiLeaks oferecem uma prova clara de que o mundo árabe concorda com a avaliação de Israel de que o Irã é o principal perigo para o Oriente Médio. Netanyahu afirmou que os documentos divulgados revelam que Israel e os países árabes moderados têm muito mais em comum do que reconhecem publicamente. "A maior ameaça contra a paz mundial provém do armamento nuclear do regime iraniano", acrescentou
Foto: Reuters
O secretário de imprensa dos EUA, Robert Gibbs, disse que a Casa Branca condena os vazamentos, que qualificou de "irresponsáveis" e disse que eles colocam a vida de diplomatas em risco