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Estados Unidos

Visa bloqueia os pagamentos dirigidos ao WikiLeaks

7 dez 2010 - 14h09
(atualizado às 14h52)
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O Visa Europe suspendeu todos os pagamentos dirigidos ao WikiLeaks, indicou nesta terça-feira companhia de cartões de crédito, horas depois da prisão, em Londres, de Julian Assange, fundador do site especializado em revelar informações confidenciais.

Assange passou a sofrer pressão liderada pelos EUA depois que o WikiLeaks divulgou documentos secretos
Assange passou a sofrer pressão liderada pelos EUA depois que o WikiLeaks divulgou documentos secretos
Foto: Reuters

O principal concorrente do Visa, o MasterCard International, havia anunciado a mesma medida pouco antes, três dias depois que o popular site de pagamentos PayPal igualmente cancelou a conta em que o WikiLeaks recebia doações.

Além disso, a filial bancária do serviços de correios suíços, Postfinance, anunciou nesta segunda o fechamento da conta de Assange. No entanto, WikiLeaks continuava nesta terça pedindo doações através do Twitter. "Mantenha-nos forte - Doe", afirmava um tuíte publicado no início desta tarde.

Prisão
Em um comunicado, a Scotland Yard informou que Assange foi detido por volta das 9h30 (horário local, 7h30 de Brasília) por policiais do departamento de extradição, depois que ele compareceu a uma delegacia de polícia em Londres, por agendamento. Ele havia marcado ontem um horário para se apresentar em uma delegacia. Promotores suecos emitiram um mandado de prisão para o australiano de 39 anos, que é procurado na Suécia sob suspeita de cometer crimes sexuais, acusação que ele nega.

"Agentes da unidade de extradições da polícia metropolitana prenderam nesta manhã Julian Assange em nome das autoridades suecas por suspeita de estupro", declarou a polícia. A polícia acrescentou que Assange recebeu uma acusação de coerção ilegal, duas acusações de assédio sexual e uma de estupro, todas elas supostamente cometidas em 20 de agosto.

Ontem o advogado britânico de Assange havia declarado que estava organizando um encontro entre seu cliente e a polícia. "No fim da tarde recebi um telefonema da polícia para dizer que receberam o pedido de extradição da Suécia", declarou Mark Stephens. "Estamos tomando providências para nos reunirmos com a polícia voluntariamente a fim de facilitar o interrogatório de que precisam", afirmou, na oportunidade.

Segundo o NYT, as acusações são baseadas em encontros sexuais com duas mulheres. As relações, que começaram consentidas pelas envolvidas, acabaram não consentidas quando Assenge não quis mais usar camisinha. A Suécia expediu o primeiro mandado de prisão para Assange em 18 de novembro, mas a ação foi invalidada por um erro processual. Um novo mandado foi emitido em 2 de dezembro.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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