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Estados Unidos

Vice-presidente dos EUA visitará Brasil e Colômbia

8 mai 2013 - 17h46
(atualizado às 17h48)
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O vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou nesta quarta-feira que planeja visitar o Brasil e a Colômbia nas "próximas semanas" e considerou que é o momento propício para fortalecer os laços diplomáticos com a América Latina.

Segundo um comunicado emitido mais tarde pela Casa Branca, Biden viajará com sua esposa Jill aos dois países na semana do dia 26 de maio, além de visitar também Trinidad e Tobago.

Durante a viagem, o vice-presidente americano se reunirá com os presidentes dos respectivos países para "aprofundar os laços econômicos e comerciais", assim como em temas de segurança, acrescentou o comunicado.

"Antes nos perguntávamos o que poderíamos fazer pela América Latina, mas agora se trata do que podemos fazer com a América Latina", explicou o vice-presidente na 43ª Conferência das Américas no Departamento de Estado inaugurada hoje em Washington.

Biden afirmou em seu discurso que os Estados Unidos buscam uma "relação mais profunda" com a América Latina e que nessa estratégia estão incluídas suas visitas ao Brasil e Colômbia, das que não deu datas.

O vice-presidente destacou que na Colômbia, após um passado de instabilidade, está em andamento "um esforço histórico pela paz" com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) para conseguir o fim do conflito armado.

Os EUA apoiarão os líderes colombianos na mesa de negociações "como fizemos no campo de batalha", assegurou.

Biden mencionou que, em junho, receberão em Washington líderes do Peru e do Chile e que depois do verão poderiam ser feitas mais visitas.

"Esse é o mais intenso lance de relações em alto nível" em muito tempo, segundo Biden, que apontou que a visita que o presidente Barack Obama fez na semana passada ao México e à Costa Rica é uma demonstração disso.

O vice-presidente destacou que muitos países do continente, como o México, agora têm uma maioria de classe média e um ambiente democrático estável, como no caso da Costa Rica, enquanto aumenta a importância comercial e econômica do subcontinente.

"A América Latina sempre nos importou, mas agora (importa) ainda mais pelo potencial que tem", disse Biden, que ressaltou a melhoria econômica da região, o aumento das trocas comerciais e projetos como a ampliação do Canal do Panamá, que disse já estar promovendo investimentos nos EUA para ampliar os portos.

Biden disse que o acesso a oportunidades, que antes era monopólio de poucos na América Latina, agora é "uma realidade para mais pessoas do que nunca", e acrescentou que os vínculos dos EUA com a região também são positivos para eles.

O vice-presidente lembrou que Cuba e Venezuela continuam sendo países que precisam mostrar avanços democráticos.

Apesar dos sinais positivos de abertura política e econômica, Biden afirmou que é preciso uma "mudança real e duradoura" como a que pedia o dissidente cubano morto Oswaldo Payá.

Na opinião do vice-presidente, "um dos maiores obstáculos" na melhoria das relações com Cuba é a detenção do empreiteiro americano Alan Gross, acusado de espionagem.

Quanto à Venezuela, Biden disse que é responsabilidade de todo o governo venezuelano promover o diálogo e a liberdade de expressão "e isso não está acontecendo neste momento".

EFE   
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