Vazamentos do WikiLeaks atacam soberania dos EUA, diz França
30 nov2010 - 09h24
(atualizado às 10h14)
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A ministra de Assuntos Exteriores francesa, Michèle Alliot-Marie, garantiu que o vazamento de milhares de documentos confidenciais pelo site Wikileaks "atenta contra a soberania dos Estados Unidos" e pode "perturbar as relações internacionais".
Em entrevista divulgada nesta terça-feira pelo canal France 24, a chefe da diplomacia francesa solidarizou-se com as autoridades americanas e considerou uma irresponsabilidade tornar público essas informações.
"Há uma violação da discrição e confidencialidade das relações diplomáticas", destacou a ministra, quem acrescentou que a publicação é "preocupante".
A ministra confirmou que sua colega americana, Hillary Clinton, a preveniu sobre os vazamentos antes que os documentos fossem divulgados por vários jornais.
Em reunião com a embaixadora americana Liliana Ayalde, o ministro das Relações Exteriores paraguaio Hector Lacognata disse que o vazamento "é uma questão delicada, que requer prudência"
Foto: Reuters
O ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Guido Westerwelle, qualificou o vazamento como uma "atuação lamentável", que espera que não traga consequências para "a segurança da Alemanha e de seus aliados"
Foto: AP
Hillary afirmou que o Departamento de Estado tomará "medidas agressivas" para responsabilizar quem roubou as informações
Foto: AP
Mahmoud Ahmadinejad acredita que a "conspiração" não vai afetar as relações entre os países árabes
Foto: AP
O premiê israelense, Benjamin Netanyahu, disse que os vazamentos do WikiLeaks oferecem uma prova clara de que o mundo árabe concorda com a avaliação de Israel de que o Irã é o principal perigo para o Oriente Médio. Netanyahu afirmou que os documentos divulgados revelam que Israel e os países árabes moderados têm muito mais em comum do que reconhecem publicamente. "A maior ameaça contra a paz mundial provém do armamento nuclear do regime iraniano", acrescentou
Foto: Reuters
O secretário de imprensa dos EUA, Robert Gibbs, disse que a Casa Branca condena os vazamentos, que qualificou de "irresponsáveis" e disse que eles colocam a vida de diplomatas em risco