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Estados Unidos

Turista dá à luz nos EUA e conta fica em quase R$ 3 milhões

Bebê nasceu prematuro durante viagem de férias do casal no Havaí

20 nov 2014 - 12h38
(atualizado às 14h37)
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Reece nasceu nove semanas antes do previsto, durante as férias da família
Reece nasceu nove semanas antes do previsto, durante as férias da família
Foto: BBC News Brasil

Um casal canadense recebeu uma conta de quase US$ 1 milhão (cerca de R$ 2,5 milhões) de um hospital americano pelo parto da filha, que nasceu prematura quando eles estavam de férias no Havaí.

Jennifer Huculak-Kimmel, que entrou em trabalho de parto em 2013, afirma que o convênio de saúde se recusou a cobrir os custos, alegando que a cliente havia deixado de declarar uma "doença" pré-existente antes da viagem: uma infecção urinária que a mulher sofreu um mês antes da viagem.

A bebê, Reece, nasceu nove semanas antes do tempo previsto e precisou ficar internada durante cerca de dois meses. A mãe ficou no hospital por seis semanas. O custo total da internação das duas chegou a US$ 900 mil (cerca de R$ 2,3 milhões).

"É assustador. Você está em uma ilha, presa em um hospital. Eu não tinha permissão nem para sair caminhando fora do hospital", contou Jennifer.

Jennifer afirma que a família ainda não sabe o que vai fazer, mas sabe que não pode pagar a conta
Jennifer afirma que a família ainda não sabe o que vai fazer, mas sabe que não pode pagar a conta
Foto: BBC News Brasil

A família viveu na pele um dos principais problemas do sistema de saúde americano: os altíssimos custos de tratamento médico para quem precisa pagar tratamento do próprio bolso.

A família tinha comprado seguro de viagem, mas o convênio, Blue Cross, disse que Jennifer não mencionou a infecção urinária como "doença preexistente" antes do embarque. Isto, de acordo com a companhia, desqualifica Jennifer para os benefícios seguro.

Em uma declaração, a Blue Cross defendeu a decisão. "Nossa decisão foi tomada de forma bem fundamentada, tendo como base os termos do contrato (de seguro), na situação que resultou neste pedido médico de emergência e uma análise do histórico médico recente (da paciente)", afirmou a companhia.

Jennifer diz que não tem dinheiro para pagar a conta e ficará inadimplente. "A Blue Cross praticamente lavou a mãos. Eles me enviaram cada uma das contas que receberam (do hospital) do Havaí", afirmou.

Ela conta que recebeu até ofertas de ajuda pelas redes sociais.

Tirando o problema financeiro, a família, que já voltou para casa na província de Saskatchewan, de volta ao Canadá, passa bem - inclusive a bebê Reece.

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