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América Latina

Snowden precisa de proteção do mundo, diz presidente da Venezuela

2 jul 2013 - 08h28
(atualizado às 08h53)
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O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, disse nesta terça-feira que o ex-funcionário da agência de espionagem dos Estados Unidos Edward Snowden merecia a "proteção do mundo" por ter divulgado detalhes sobre programas norte-americanos de vigilância.

Snowden, procurado por Washington sob a acusação de espionagem por revelar detalhes do programa secreto de vigilância eletrônica Prism, pediu asilo político em mais de uma dúzia de países, em sua busca por segurança.

O jovem de 30 anos encontra-se em um limbo legal na área de trânsito do aeroporto Sheremetyevo de Moscou, incapaz de viajar a um esperado destino na América Latina, porque não tem documentos de viagem legais e não recebeu o visto russo para sair do aeroporto.

Na segunda-feira, ele quebrou um silêncio de nove dias desde a sua chegada em Moscou, vindo de Hong Kong, desafiando Washington ao dizer que estava livre para revelar mais sobre os programas norte-americanos e que estava sendo perseguido de forma ilegal.

A atitude inviabilizou uma permanência prolongada na Rússia, onde um porta-voz do presidente russo, Vladimir Putin, disse que Snowden tinha retirado o seu pedido de asilo após o líder russo afirmar que ele deveria desistir de sua "atividade antiamericana".

Mas enquanto sucessivos países negam seus pedidos de asilo, a Venezuela, que faz parte de uma aliança de governos de esquerda na América Latina, disse que era hora de parar de repreender um homem que "fez algo muito importante para a humanidade".

"Ele merece a proteção do mundo. Ele não nos pediu isso (asilo) ainda. Quando ele o fizer, vamos dar a nossa resposta", disse Maduro à Reuters durante uma visita a Moscou.

Ele disse que irá considerar um pedido de asilo caso Snowden o fizer.

Snowden preparou pedidos de asilo a países como Índia, China, Brasil, Irlanda, Áustria, Bolívia, Cuba, Finlândia, França, Alemanha, Itália, Holanda, Nicarágua, Noruega, Polônia, Espanha, Suíça e Venezuela, disse o WikiLeaks na segunda-feira.

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