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Estados Unidos

Senado dos EUA aprova moção para agilizar votação da reforma migratória

24 jun 2013 - 21h43
(atualizado às 22h17)
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O Senado dos Estados Unidos aprovou nesta segunda-feira uma moção para limitar o debate e agilizar a votação de uma polêmica emenda que reforça a vigilância na fronteira com o México, um ponto que serve de termômetro sobre as possibilidades reais de aprovar uma reforma migratória integral.

A câmara alta americana alcançou os 60 votos mínimos requeridos para uma moção que limita o debate em torno da emenda proposta pelos republicanos John Hoeven e Bob Corker, que foi incorporada ao projeto de lei para uma reforma migratória integral, cuja votação global está prevista para antes da próxima sexta-feira.

A emenda, que recolheu até agora 66 votos a favor e 25 contra, à espera de alguns senadores que não votaram, novamente revelou fissuras dentro do Partido Republicano, enquanto grupos pró-imigrantes continuaram denunciando que a emenda só fomenta a "militarização" da fronteira.

Pelo menos 13 senadores republicanos votaram para fechar o debate da emenda, entre eles John McCain e Marco Rubio, mas outros senadores conservadores como Jeff Sessions, do Alabama, e Ted Cruz, do Texas, dedicaram seus discursos a desvirtuá-la.

A emenda, que modificou substancialmente à apresentada pelo democrata Patrick Leahy, estabelece cinco condições para que os imigrantes ilegais possam obter residência permanente após uma espera de pelo menos dez anos.

A medida de 119 páginas exige o início de um "plano de reforço" da vigilância na fronteira sul, por onde entra a maior parte dos que cruzam ilegalmente rumo aos EUA.

O plano estabelece a duplicação dos agentes fronteiriços até 40 mil, com um custo que se aproximaria de US$ 30 bilhões; a construção de muros e cercas ao longo de 1.126 quilômetros, e a vigilância com aviões não-tripulados e uma ampla gama de equipamentos de alta tecnologia, incluindo radares, sistemas móveis e sensores infravermelhos.

Também impõe o uso obrigatório do programa federal "E-Verify", com o qual as empresas podem verificar o status migratório de seus novos empregados e que, por enquanto, só é obrigatório para os negócios que têm contratos federais.

Além disso, estabelece um programa para o registro de entradas e saídas de todos os estrangeiros, a fim de impedir que estes fiquem nos EUA com vistos vencidos.

A emenda causou fissuras no Partido Republicano, dividido praticamente em dois grupos: aqueles conservadores que atacam o plano reformista porque acham que não freará futuras ondas de imigrantes ilegais, e aqueles que advertem que opor-se à medida só afugentará mais os eleitores hispânicos.

EFE   
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