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Estados Unidos

Recurso contra libertação de Assange será examinado quinta

15 dez 2010 - 09h45
(atualizado às 10h13)
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A apelação apresentada pela Suécia contra a libertação sob fiança do fundador do WikiLeaks, Julian Assange, será examinada na quinta-feira na Alta Corte de Londres, informou uma fonte do tribunal.

Advogado de Assange acusa autoridades de criarem um show:

Os advogados que representam a Suécia, que deseja a extradição de Assange por supostos crimes sexuais contra duas mulheres, recorreram na terça-feira à noite contra a decisão de um juiz de primeira instância que concedeu a liberdade sob fiança ao fundador do WikiLeaks.

À espera da análise da apelação, que deve acontecer no prazo de 24 horas, Assange teve que retornar para a cela onde permanece isolado dos outros presos na penitenciária de Wandsworth (sudoeste de Londres).

Se a Alta Corte rejeitar o recurso dos advogados do governo da Suécia, Assange poderá recuperar a liberdade após o pagamento da fiança de 200 mil libras (US$ 315 mil) em dinheiro exigida pela justiça, além de duas garantias pessoais de 20 mil libras cada.

Neste caso, por ordem do juiz, Assange terá que morar na mansão de campo de um amigo, o presidente do clube de jornalistas Frontline Club, Vaughan Smith, a 200 km de Londres, usar uma tornozeleira eletrônica e respeitar um toque de recolher.

Além disso, para evitar qualquer risco de fuga terá o passaporte retirado e deverá comparecer diariamente a uma delegacia local.

O vazamento WikiLeaks
No dia 28 de novembro, a organização WikiLeaks divulgou mais de 250 mil documentos secretos enviados de embaixadas americanas ao redor do mundo a Washington. A maior parte dos dados trata de assuntos diplomáticos - o que provocou a reação de diversos países e causou constrangimento ao governo dos Estados Unidos. Alguns documentos externam a posição dos EUA sobre líderes mundiais.

Em outros relatórios, a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, pede que os representantes atuem como espiões. Durante o ano, o WikiLeaks já havia divulgado outros documentos polêmicos sobre as guerras do Afeganistão e do Iraque, mas os dados sobre a diplomacia americana provocaram um escândalo maior. O fundador da organização, o australiano Julian Assange, foi preso no dia 7 de dezembro, em Londres, sob acusação emitida pela Suécia de crimes sexuais.



AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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