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Estados Unidos

Putin não cederá a pressão de Obama, diz pai de Snowden

7 ago 2013 - 20h19
(atualizado às 21h14)
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O pai de Edward Snowden previu na quarta-feira que o presidente russo, Vladimir Putin, não cederá à pressão de Washington para entregar seu filho, responsável por revelar programas secretos de espionagem do governo dos EUA.

As declarações de Lon Snowden foram feitas no mesmo dia em que o presidente dos EUA, Barack Obama, cancelou uma reunião de cúpula com Putin que estava programada para setembro, em represália pela decisão de Moscou de conceder asilo temporário a Snowden, ex-prestador de serviços da Agência de Segurança Nacional dos EUA. Washington gostaria que ele fosse entregue para responder judicialmente por acusações de ter colocado em risco a segurança nacional.

"O presidente Vladimir Putin tem se mantido firme. Respeito a força e respeito a coragem", disse Snowden pai. "Ele se manteve firme diante da intensa pressão do nosso governo, e devo acreditar que ele continuará firme", disse.

"Esses jogos de 'Bom, não vou a essa reunião' ou 'Não vou àquela reunião'... Não acredito que o presidente Vladimir Putin irá ceder a isso."

Snowden pretende visitar o filho na Rússia neste mês. Os dois não se falam desde junho, quando Snowden fugiu para Hong Kong antes de fazer as revelações. Depois disso, ele viajou para Moscou e passou mais de cinco semanas em um limbo jurídico na ala de trânsito de um aeroporto, até receber o asilo no dia 1º.

"Isso é realmente de propósito. Prefiro não conversar com ele até poder viajar e vê-lo cara a cara. E anseio por essa oportunidade", disse Lon Snowden.

Ele acrescentou que, quando viajar, não levará nem fará nada que possa caracterizar uma ajuda ao seu filho. Afirmou ainda que não sabe como Edward Snowden está sobrevivendo financeiramente.

"Espero avaliar melhor a situação. Certamente tenho de ser cuidadoso, porque entendo que ele é um fugitivo, e não farei nada que possa ser visto como uma ajuda."

Lon Snowden, que passou cerca de 30 anos na Guarda Costeira até se aposentar, em janeiro de 2009, disse que inicialmente considerou grave o vazamento de informações sigilosas pelo filho. "O fato é que agora tenho um entendimento bem maior sobre o que ocorreu."

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