Promotoria apresenta acusações contra arquidiocese dos EUA por pedofilia
A promotoria do condado de Ramsey, no estado de Minnesota, nos Estados Unidos, apresentou nesta sexta-feira acusações criminais contra a arquidiocese católica de Saint Paul e Minneapolis por "não conseguir proteger" as crianças que foram vítimas de abusos sexuais por parte de um sacerdote.
O promotor do condado de Ramsey, John Choi, acusou a arquidiocese de praticar "um comportamento institucional alarmante e sistêmico" durante décadas, e ao mais alto nível, que não protegeu as crianças.
"Ignoravam os fatos, os minimizavam e, inclusive, os compartilhavam com outros indivíduos", disse Choi em entrevista coletiva.
A acusação deriva do caso de Curtis Wehmeyer, pároco da igreja do Santíssimo Sacramento de Saint Paul, que confessou em 2012 ter abusado de dois menores de idade, um de 12 e outro de 14 anos, além de possuir pornografia infantil.
Wehmeyer foi condenado a cinco anos de prisão e se encontra atualmente cumprindo sua pena.
As acusações apresentados hoje são o último episódio em uma série de escândalos de pedofilia que afetam vários setores da Igreja Católica nos EUA e que foram revelados nos últimos anos.
No dia 21 de abril, o papa Francisco aceitou a renúncia do bispo de Kansas City-Saint Joseph, no estado do Missouri, Robert W. Finn, três anos depois que o mesmo foi condenado por ocultar um possível caso de pedofilia por parte de um sacerdote de sua diocese.
Finn estava sendo investigado pelo Vaticano por ter escondido provas de abusos contra menores.
