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Estados Unidos

"50 Tons de Cinza" é a leitura favorita entre os presos de Gunatánamo

30 jul 2013 - 13h43
(atualizado às 14h34)
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'Cinquenta Tons de Cinza' foi lançado em 2011 e rapidamente se tornou um sucesso de vendas
'Cinquenta Tons de Cinza' foi lançado em 2011 e rapidamente se tornou um sucesso de vendas
Foto: Divulgação

A série de romances eróticos 50 Tons de Cinza é o material de leitura favorito entre os ex-presos da CIA detidos no centro de Guantánamo, disse um congressista norte-americano citado pelo Huffington Post.

O representante democrata Jim Moran, da Virgínia, estava entre os delegados do Congresso que visitaram na semana passada o Campo 7, a instalação de segurança máxima que detém mais de uma dezena de presos de "alto valor", inclusive cinco homens acusados de terem planejado os ataques de 11 de setembro contra os Estados Unidos em 2001.

"Em vez do Alcorão, o livro que é mais requisitado pela maioria (dos detidos) é 50 Tons de Cinza. Eles leram a série toda em inglês, mas estão dispostos a traduzi-la", disse Moran na segunda-feira, segundo o Huffington Post.

"Acho que não há muita coisa acontecendo, esses caras não estão indo a lugar algum, então, que diabo."

Moran, que é a favor do fechamento do centro de detenção na Baía de Guantánamo na Base Naval dos EUA em Cuba, disse que soube da popularidade do livro enquanto andava pelo Campo 7 acompanhado do comandante da base e do vice-comandante, do chefe médico e do oficial responsável por aquele campo.

O gabinete de Moran não retornou a ligação da Reuters. Um porta-voz militar disse que não podia discutir os detalhes do Campo 7, cujos detentos estiveram em prisões secretas da CIA antes de serem enviados para Guantánamo em 2006.

"Não falamos sobre nossos detentos de alto valor a não ser nos termos mais genéricos. Além disso, não falamos sobre as declarações feitas por membros do Congresso", disse o tenente-coronel Samuel House, porta-voz do campo de presos.

Alguns detentos estão participando de uma greve de fome em protesto contra sua detenção indefinida.

Jornalistas não podem visitar aquela parte do campo de detenção, mas podem visitar outros presos e a biblioteca que fornece os livros, revistas e DVDs aos 166 cativos.

Durante uma visita na semana passada a Reuters viu uma mistura eclética de livros em várias línguas, de tomos religiosos a romances de Star Trek, mistérios de Agatha Christie, livros para redução de estresse e o clássico grego Odisseia.

Também estava disponível Jogos Vorazes, segundo um bibliotecário que atende pelo apelido de Zorro. "Temos o filme e os livros também", disse.

Bibliotecários de Guantánamo já disseram no passado que tinham filtrado o material de leitura em busca de conteúdo sexual, chegando mesmo a censurar fotos de mulheres seminuas nas propagandas de revistas de esportes.

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