PUBLICIDADE

Estados Unidos

População comparece em peso para doar sangue a feridos em massacre de Orlando

12 jun 2016 - 18h17
Compartilhar
Exibir comentários

Os pedidos de doação de sangue para os mais de 50 feridos no massacre ocorrido em uma boate gay de Orlando, na Flórida, se propagaram rapidamente e as necessidades atuais já foram supridas, anunciou um banco de sangue da cidade.

A instituição OneBlood, de Orlando, disse em comunicado que já está "em plena capacidade" e pediu aos doadores que ajudem nos próximos dias para manter o nível, a fim de continuarem a ajudar.

Segundo fontes oficiais, 50 pessoas morreram e 53 ficaram feridas por um homem armado com um fuzil e uma pistola que abriu fogo nesta madrugada dentro da boate gay Pulse, em Orlando.

O número de mortos no massacre ainda pode aumentar, pois alguns dos 53 feridos estão em estado crítico, segundo o cirurgião Michael L. Cheatham, que compareceu em entrevista coletiva junto a representantes da polícia e pediu à população que doe sangue, "um presente maravilhoso" para salvar vidas.

O chefe da polícia de Orlando, John Mina, afirmou que as autoridades estão focadas na identificação das vítimas e em localizar as famílias.

Cheatham, que ressaltou que muitos dos feridos estavam sendo operados no hospital mais próximo ao local do massacre, pediu às pessoas que não foram ao centro médico que doem sangue e plasma, mas que o fizesse em organizações como a OneBlood.

Muitos veículos de imprensa mostraram imagens nas quais viam longas filas de pessoas nas calçadas ao redor da OneBlood.

Enquanto isso, organizações da comunidade LGTB e outros cidadãos denunciaram nas redes sociais o paradoxo de, em meio a uma tragédia que afeta os homossexuais, continua a haver limitações nos EUA para que as pessoas gays doem sangue.

Em dezembro do ano passado, a Administração de Alimentos e Remédios (FDA) dos EUA anunciou um relaxamento das normas relativas à doação de sangue por parte dos homens homossexuais e bissexuais, adotadas há 30 anos, quando explodiu a epidemia de aids.

No entanto, a FDA não suspendeu totalmente a proibição, pois só pode doar sangue quem estiver sem praticar relações sexuais com pessoas do mesmo sexo durante um ano.

"Todas as diretrizes da FDA seguem em vigor para a doação de sangue. Há falsas informações circulando sobre as regras da FDA terem sido suspensas. Não está certo", indicou a OneBlood em mensagem pelo Twitter.

EFE   
Compartilhar
Publicidade
Publicidade