PUBLICIDADE

Estados Unidos

Polícia de Los Angeles combaterá protestos por caso Trayvon Martin

16 jul 2013 - 18h19
(atualizado às 19h43)
Compartilhar
Exibir comentários

A Polícia de Los Angeles prometeu nesta terça-feira mão firme nos protestos raciais deflagrados pelo caso de George Zimmerman, um homem branco de 29 anos absolvido pelo assassinato do jovem negro Trayvon Martin, de 17, depois que 14 pessoas foram presas na cidade californiana. O caso reabriu as feridas raciais nos Estados Unidos e instalou na opinião pública questionamentos sobre como as seis juradas teriam agido se Martin fosse branco, e Zimmerman, negro.

O chefe da polícia de Los Angeles, Charlie Bech, disse que não permitirá que episódios como os de segunda à noite se repitam. "Não podemos permitir que um pequeno grupo de indivíduos não apenas danifique (...) e semeie o medo na comunidade, como também destrua a mensagem que muitos nessa comunidade querem transmitir", disse Beck.

Na noite de segunda, manifestantes pularam sobre automóveis e atacaram o comércio local e pedestres. Pelo menos 14 pessoas foram detidas, e outras 150 pessoas causaram danos em várias lojas de Los Angeles. Era o segundo dia de protestos no país depois que um júri na Flórida (sudeste) absolveu Zimmerman, no sábado, do assassinato de Trayvon Martin em 2012. No domingo, oito pessoas foram presas em um protesto na frente do prédio da CNN, em Hollywood.

A polícia foi "muito flexível" com os manifestantes, em nome da liberdade de expressão, disse o policial, acrescentando: "Infelizmente, não poderemos permitir isso esta noite (quando novos protestos são esperados), devido às circunstâncias". O caso reabriu as feridas raciais nos Estados Unidos e instalou na opinião pública questionamentos sobre como as seis juradas teriam agido se Martin fosse branco, e Zimmerman, negro.

Em entrevista coletiva na segunda à noite, o novo prefeito de Los Angeles, Eric Garcetti, condenou os tumultos. "O julgamento que aconteceu na Flórida despertou paixões, mas devemos garantir que não acenderá o fogo nesta cidade", afirmou, criticando "o pequeno grupo de pessoas que está se aproveitando da situação".

Los Angeles é particularmente sensível ao tema racial desde os distúrbios na cidade, em abril de 1992, quando um júri absolveu quatro policiais brancos que haviam agredido o jovem negro Rodney King. Mais de 20 anos depois, a absolvição de Zimmerman divide os Estados Unidos entre os que acreditam que o vigia de bairro agiu em legítima defesa e aqueles que veem motivações raciais por trás da morte de Martin, que estava desarmado.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
Compartilhar
Publicidade
Publicidade