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Estados Unidos

Pentágono vincula ataque norte-coreano a sucessão de Kim Jong-il

24 nov 2010 - 18h39
(atualizado às 19h26)
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As Forças Armadas dos Estados Unidos acreditam que o ataque da Coreia do Norte contra uma ilha sul-coreana está vinculado ao processo de sucessão do líder norte-coreano, Kim Jong-il, que está em andamento em Pyongyang, disse nesta quarta-feira um alto oficial militar.

Coreia do Norte abre fogo contra Coreia do Sul:

O chefe do Estado-Maior das Forças Armadas americanas, almirante Mike Mullen, afirmou no programa The View, da rede de televisão ABC, que a liderança na Coreia do Norte "é preocupante", pois Kim Jong-il é "muito imprevisível, muito perigoso", e o filho caçula do ditador, Kim Jong-un, que deve suceder o pai no governo, torna o cenário ainda mais incerto.

Mullen, quem esteve no programa com sua esposa, Deborah, advertiu sobre uma desestabilização da ordem no Leste da Ásia caso a Coreia do Norte desenvolva armas nucleares ou continue provocando seus vizinhos.

"Há uma liderança preocupante na Coreia do Norte. Ele (Kim Jong-il) é uma pessoa muito imprevisível, muito perigosa. Isso também está vinculado, pensamos nós, à sucessão deste jovem de 27 anos que assumirá o comando em algum momento", afirmou Mullen.

Kim Jong-il, de 68 anos, consagrou no final de setembro seu filho Kim Jong-un, de idade estimada em 27 anos, como seu provável sucessor no regime norte-coreano.

Mullen concorda assim com o titular de Defesa sul-coreano, Kim Tae-young, quem disse nesta quarta-feira acreditar que a Coreia do Norte realiza o ataque contra o Sul para consolidar o processo de sucessão no país mostrando a liderança de Kim Jong-un.

Os morteiros norte-coreanos que destruíram na última terça-feira parte da ilha de Yeonpyeong, perto da fronteira entre as duas Coreias no Mar Amarelo, provocaram a morte de dois militares e dois civis.

Tal como disse o presidente americano, Barack Obama, em entrevista à mesma rede de televisão, Mullen também pediu à China que seja ríspida com a Coreia do Norte.

O governo chinês, principal aliado do regime de Pyongyang, não condenou explicitamente o ataque, mas expressou "preocupação" pelo incidente e pediu "calma".

"O país que tem influência sobre Pyongyang é a China e, portanto, sua liderança é absolutamente crucial" para abordar esta nova crise, assinalou o chefe do Estado-Maior dos EUA.

"É muito importante que a China lidere" a resposta, disse.

Obama pediu claramente à China manter firmeza e "deixar claro à Coreia do Norte que há uma série de normas internacionais que devem ser respeitadas".

EFE   
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