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Estados Unidos

Pentágono estuda não pagar soldados em caso de "fechamento" do governo

25 set 2015 - 18h11
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O Pentágono distribuiu nesta sexta-feira um plano diante de um possível "fechamento" do governo dos Estados Unidos, que inclui a interrupção do pagamento de soldados e férias forçadas não remuneradas para milhares de servidores civis.

O Departamento de Defesa avisou hoje em uma circular interna aos soldados e empregados que, assim como em 2013, o país enfrenta a possibilidade da não aprovação de um orçamento que permita o financiamento do ministério mais numeroso do governo americano.

Nenhum dos 1,3 milhão de militares na ativa receberia seus salários em caso de "fechamento" do governo, apesar de serem obrigados a trabalhar. Por outro lado, os servidores civis terão que sair em férias não remuneradas.

"Durante o 'fechamento' do governo, todos os militares deverão continuar trabalhando de forma normal. No entanto, eles não receberão até que o Congresso forneça os recursos", explicou o subsecretário de Defesa, Bob Work, em uma circular divulgada aos mais de 1 milhão de soldados e 742 mil funcionários civis.

Em 2013, o "fechamento" do governo pelos desacordos sobre o financiamento da reforma da saúde defendida pelo presidente dos EUA, Barack Obama, levou à suspensão temporária do pagamento de salários e férias forçadas de 350 mil servidores civis, apesar de o Pentágono ter conseguido recursos para pagá-los uma semana depois.

O Congresso pode viver uma nova guerra orçamentária na próxima semana, caso não haja acordo sobre o orçamento do ano fiscal que começa em outubro. O conflito deve ocorrer devido aos pedidos da ala mais conservadora dos parlamentares republicanos de eliminar os recursos que financiam as clínicas de planejamento familiar "Planned Parenthood", entidade envolvida em um escândalo de venda de tecidos de fetos abortados.

O subsecretário de Defesa não especificou quantos funcionários poderiam ser afetados pela medida, mas afirmou que o Pentágono está analisando as áreas menos vitais para a segurança nacional para promover os cortes.

"Como ocorreu em 2013, se ocorrer um 'fechamento', e dependendo da extensão dele, esses planos podem mudar conforme as circunstâncias", afirmou Work.

EFE   
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