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Estados Unidos

Paquistão nega enriquecer urânio com reator experimental

29 nov 2010 - 13h50
(atualizado às 14h30)
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O governo do Paquistão negou nesta segunda-feira que esteja enriquecendo urânio através de um reator nuclear experimental e ressaltou que "ninguém pode tocar" em suas instalações nucleares, em resposta ao vazamento de documentos dos Estados Unidos divulgados pelo site WikiLeaks.

Segundo os documentos divulgados pelo Wikileaks, um conselheiro presidencial francês, Jean-David Lévitte, disse a um vice-secretário americano, Philip Gordon, que o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, está "louco" e que até mesmo o Brasil não podia apoiá-lo
Segundo os documentos divulgados pelo Wikileaks, um conselheiro presidencial francês, Jean-David Lévitte, disse a um vice-secretário americano, Philip Gordon, que o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, está "louco" e que até mesmo o Brasil não podia apoiá-lo
Foto: AFP

"O Paquistão é um Estado nuclear com tecnologia avançada. Ninguém pode tocar" nossas em instalações, declarou o Ministério de Assuntos Exteriores paquistanês em comunicado.

O Ministério acrescentou que tal reator nuclear experimental foi instalado em meados da década de 1960 com o apoio dos EUA e negou a informação que de que está produzindo urânio altamente enriquecido.

Segundo os documentos vazados, divulgados pelo jornal The New York Times, desde 2007 os EUA tentaram retirar secretamente deste reator urânio enriquecido diante do temor de que pudesse ser utilizado para preparar uma bomba nuclear "ilícita".

No comunicado, o Ministério também negou as informações referentes às relações políticas entre Paquistão e Arábia Saudita. "A classe dirigente, o governo e o povo do Paquistão não só têm um grande apreço pela classe dirigente e o povo da Arábia Saudita, mas também os consideram verdadeiros amigos e irmãos", destacou.

Um documento do WikiLeaks cita o rei Abdullah, da Arábia Saudita, qualificando o presidente paquistanês, Asif Alí Zardari, como o maior obstáculo para o progresso do país.

O governo paquistanês assegurou que tinha sido alertado previamente pelo governo americano sobre o vazamento e acrescentou que não está "em posição de comentar a veracidade dos documentos internos dos EUA".

O ministro das Relações Exteriores italiano, Franco Frattini, afirmou nesta segunda-feira que o WikiLeaks quer desestabilizar o mundo. "Os documentos do Wikileaks são um jogo para desestabilizar o mundo", disse Frattini ao canal de notícias via satélite SkyTg24 de Doha, capital do Catar, onde se encontra em visita oficial.

EFE   
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