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Estados Unidos

Otan considera "justificada" operação para matar Bin Laden

4 mai 2011 - 10h36
(atualizado às 12h51)
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O secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen, considerou nesta quarta-feira "justificada" a operação contra Osama bin Laden realizada pelos Estados Unidos que acabou com a morte do líder da Al-Qaeda.

Anders Fogh Rasmussen deu seu parecer sobre a ação contra Bin Laden durante reunião da Otan em Bruxelas
Anders Fogh Rasmussen deu seu parecer sobre a ação contra Bin Laden durante reunião da Otan em Bruxelas
Foto: AP

Rasmussen não quis falar sobre a legalidade ou ilegalidade da ação ordenada por Washington e parabenizou o presidente americano, Barack Obama, pelo "êxito" da mesma.

"Acho que falo em nome da grande maioria das pessoas de todo o mundo quando expresso satisfação porque finalmente tenha sido feita a justiça", acrescentou. Além disso, Rasmussen acredita que a morte do líder da Al-Qaeda "permitirá minar uma das redes terroristas mais importantes do mundo".

Bin Laden foi assassinado por forças americanas na segunda-feira passada na cidade de Abbottabad, a cerca de cem quilômetros da capital do Paquistão.

Rasmussen falou ainda sobre a questão da segurança naquele país. Ele definiu como "evidente" os "problemas de segurança" e estimou necessário reforçar a cooperação com Islamabad na luta antiterrorista.

"Entendo bem as perguntas que surgiram (após a operação contra Bin Laden), mas minha conclusão é muito clara: é preciso melhorar e reforçar os laços com o Paquistão", ressaltou. Para o principal responsável da Otan, nos últimos anos foram conquistados muitos progressos, mas ainda há espaço para seguir avançando.

O governo afegão sugeriu nesta quarta-feira que o Paquistão podia saber o local exato onde vivia Bin Laden antes inclusive da intervenção das forças especiais dos Estados Unidos, cujo governo não informou ao paquistanês sobre a operação por temores de vazamento.

Rasmussen garantiu que a morte do terrorista não mudará em nada a missão da Otan no Afeganistão e que os soldados da aliança permanecerão no país "pelo tempo necessário" para cumprir os objetivos.

"Nossa razão de estar no Afeganistão é clara e nossa estratégia não vai mudar. Os aliados da Otan e seus membros continuarão a missão para garantir que o Afeganistão não volte nunca mais a ser refúgio ao extremismo", insistiu.

Osama bin Laden é morto no Paquistão

No final da noite de 1º de maio (madrugada do dia 2 no Brasil), o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou a morte do terrorista Osama bin Laden. "A justiça foi feita", afirmou Obama num discurso histórico representando o ápice da chamada "guerra ao terror", iniciada em 2001 pelo seu predecessor, George W. Bush. Osama foi encontrado e morto em uma mansão na cidade paquistanesa de Abbottabad, próxima à capital Islamabad, após meses de investigação secreta dos Estados Unidos .

A morte de Bin Laden - o filho de uma milionária família que acabou por se tornar o principal ícone do terrorismo contemporâneo -, foi recebida com enorme entusiasmo nos Estados Unidos e massivamente saudada pela comunidade internacional. Enquanto a secretária de Estado dos EUA afirmava que a batalha contra o terrorismo continua, o alerta disseminado em aeroportos horas depois da notícia simboliza a incerteza do impacto efetivo da morte de Bin Laden no presente e no futuro.

EFE   
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