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Estados Unidos

Obama: Trayvon Martin poderia ter sido eu há 35 anos

Presidente norte-americano se pronunciou nesta sexta-feira sobre a absolvição do vigia acusado de matar o jovem negro Trayvon Martin em 2012

19 jul 2013 - 16h17
(atualizado às 17h53)
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Obama apareceu de surpresa na sala de imprensa da Casa Branca para falar sobre o caso
Obama apareceu de surpresa na sala de imprensa da Casa Branca para falar sobre o caso
Foto: AP

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, fez um pronunciamento nesta sexta-feira sobre a absolvição do ex-vigia George Zimmerman, que matou com um tiro o jovem Trayvon Martin em 2012. Adotando um tom pessoal, Obama insistiu que as leis locais sobre legítima defesa, como a da Flórida, precisam ser revistas.

“Vocês sabem que, quando Trayvon Martin foi morto, eu disse que ele poderia ser meu filho. Outra maneira de colocar as coisas é que Trayvon Martin poderia ter sido eu, há 35 anos”, disse o presidente.

“Acredito que seria útil para nós examinar certas leis locais e ver se elas são elaboradas de maneira que estimulem enfrentamentos ou tragédias como vimos na Flórida”, afirmou, em uma aparição de surpresa na sala de imprensa da Casa Branca.

Obama, primeiro presidente negro dos Estados Unidos, destacou a "incrível dignidade" dos pais de Martin e pediu que a "desconfiança" entre os negros e a polícia seja reduzida. Adotando um tom muito pessoal e fazendo pausas entre suas palavras, o mandatário disse que não podia "imaginar pelo que passaram" os pais do jovem, mas também considerou que o julgamento de Zimmerman foi justo e que o veredicto havia sido pronunciado por um júri soberano.

"A comunidade afro-americana percebe estes casos através de um conjunto de experiências, e de uma história que não desaparece. Poucos homens afro-americanos não viveram a experiência de serem seguidos (por vigias) em um centro comercial onde estavam fazendo compras. Este foi o meu caso", contou. "A comunidade afroamericana sabe também que existe uma história de desequilíbrios raciais na aplicação de nossas leis penais", acrescentou, "e isso acaba tendo um impacto em como interpretam os casos" criminais.

Fonte: Terra
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