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Estados Unidos

Obama promete punir fiscais da Receita envolvidos em escândalo

Presidente americano disse ter determinado ao secretário do Tesouro Jack Lew que puna os culpados

14 mai 2013 - 22h34
(atualizado em 15/5/2013 às 00h46)
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O presidente dos EUA, Barack Obama, prometeu punir os responsáveis pelo escândalo envolvendo a Receita Federal Americana, que teria investigado membros do movimento conservador Tea Party de forma "intolerável e indesculpável" .

O presidente ordenou ao secretário do Tesouro, Jack Lew, que adote as medidas apropriadas contra os responsáveis por estas ações dentro do Internal Revenue Service (IRS).

"O governo federal deve se comportar de maneira que o público possa ter confiança, e isto é especialmente necessário no IRS", assinalou Obama, destacando que "certos funcionários não passaram no teste", em referência ao relatório que revela a utilização de critérios políticos "inadequados" para investigar, durante 18 meses, membros do movimento de extrema direita Tea Party.

"Espero de todos os que trabalham no governo federal o comportamento mais ético e moral possível", disse o presidente, acrescentando que "as conclusões do relatório são intoleráveis e indesculpáveis".

"O IRS deve aplicar a lei de maneira justa e imparcial, e seus funcionários precisam agir com a máxima integridade. Este relatório revela que alguns funcionários não estão fazendo isto".

Mais cedo, em entrevista coletiva ao lado do premier britânico, David Cameron, o presidente admitiu que é "escandaloso" que a Receita Federal tenha investigado especialmente grupos surgidos do Tea Party.

O IRS reconheceu que, de fato, esse era o caso e pediu desculpas. Já o Congresso anunciou a abertura imediata de investigações parlamentares. As audiências começam esta semana.

Segundo o relatório, nos primeiros meses de "2010 o IRS começou a utilizar critérios inadequados" para investigar o setor mais duro dos republicanos, rastreando organizações ligadas ao 'Tea Party' como 'Patriotas' e '9/12', entre outras.

Após admitir os erros, o IRS informou que obteve "progressos significativos" nos procedimentos, que evitarão a repetição deste tipo de fato no futuro.

O procurador-geral, Eric Holder, anunciou o início de uma investigação para determinar se o IRS infringiu a lei ao se concentrar nos grupos conservadores. "Como todo mundo admite, acho que esses fatos, embora não tenham sido ilegais, são escandalosos e inaceitáveis", afirmou Holder. "Mas estamos examinando os fatos para ver se a lei foi violada".

Alguns conservadores, entre congressistas e editorialistas, agora evocam abertamente o fantasma do escândalo de Watergate, que custou a presidência de Richard Nixon em 1974.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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