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Estados Unidos

Obama pressiona Congresso por imigração, mas deve enfrentar divisões

29 jan 2013 - 18h43
(atualizado às 18h48)
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O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pediu na terça-feira ao Congresso para que aprove um novo sistema imigratório no país, mas divergências com os republicanos a respeito da proteção da fronteira com o México já ameaçam azedar os esforços bipartidários.

O presidente dos EUA, Barack Obama, discursa sobre reforma na imigração na Del Sol High School em Las Vegas, EUA. 29/01/2013
O presidente dos EUA, Barack Obama, discursa sobre reforma na imigração na Del Sol High School em Las Vegas, EUA. 29/01/2013
Foto: Jason Reed / Reuters

"Precisamos que o Congresso aja numa abordagem abrangente que finalmente lide com os 11 milhões de imigrantes indocumentados", disse Obama num colégio de Las Vegas.

Após anos em banho-maria, a reforma da imigração de repente se tornou uma possibilidade real, já que a oposição republicana, castigada pela rejeição do eleitorado hispânico na eleição de novembro, passou a ver a reforma com mais simpatia.

Obama discursou um dia depois de um grupo de influentes senadores republicanos e democratas apresentarem um plano próprio para a reforma imigratória, com muitos pontos em comum com a reforma proposta pela Casa Branca.

Mas diferenças rapidamente emergiram entre o que Obama gostaria de aprovar e as propostas do chamado "Grupo dos Oito" do Senado.

O plano dos senadores insiste em reforçar o controle da fronteira antes de abrir caminho para a legalização dos imigrantes clandestinos, o que não acontece na proposta do presidente.

Isso bastou para despertar preocupações entre parlamentares republicanos que tentam moldar um pacote que possa ser aprovado pela maioria republicana na Câmara. Um republicano hispânico, o senador Marco Rubio, alertou Obama a não ignorar as preocupações do seu partido quanto à segurança na fronteira.

"Acho que seria um terrível erro", disse Rubio à Fox News. "Temos um grupo bipartidário de senadores que concordou com isso. Que o presidente tente mexer nas balizas a respeito dessa exigência específica, por exemplo, não é um bom prenúncio em termos de qual será o seu papel nisso ou no resultado final."

Pela proposta de Obama, trabalhadores indocumentados teriam de se registrar, passar por verificações de antecedentes, pagar taxas e multas, aprender inglês e voltar à fila da imigração atrás daqueles que estiverem solicitando para entrar legalmente no país.

"Todos nós concordamos que esses homens e mulheres deveriam conquistar seu caminho para a cidadania. Mas, para que uma reforma imigratória abrangente funcione, deve ficar claro desde o princípio que há um caminho para a cidadania", disse Obama.

(Reportagem adicional de Jeff Mason, Roberta Rampton e Steve Holland)

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