Obama pede que Congresso dos EUA adie decisão sobre ataque à Síria
Presidente norte-americano se pronunciou sobre a situação na Síria e disse que vai priorizar solução diplomática
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pediu ao Congresso que adie a decisão de autorizar ou não uma ação militar contra a Síria enquanto ele analisa a iniciativa diplomática proposta pela Rússia para que bashar al-Assad entregue suas armas químicas. "Surgiu uma luz no fim do túnel", disse o presidente norte-americano em pronunciamento na noite desta terça-feira.
Em um discurso cheio de frases fortes, Obama disse ter certeza que foi o regime de Assad o responsável pelo ataque com armas químicas em agosto. "Nos últimos dois anos, resisti a tomar medidas contra a Síria. Mas tudo mudou em agosto, após o uso de armas químicas".
Ele disse que exames em amostras coletadas comprovam que gás sarin foi utilizado. "Se nós não agirmos, o regime de Assad não vai parar de usar armas químicas", afirmou Obama.
Obama também pediu às Forças Armadas que mantenham a "pressão" contra o regime de Assad e que continuem preparadas para "responder" perante um possível ataque militar. Além disso, considerou que é "cedo demais" para determinar se dará resultado a proposta russa para que o regime sírio ceda o controle de seu arsenal químico à comunidade internacional, mas que é importante tentar.
"E qualquer acordo deve verificar se o regime de Assad manterá os seus compromissos. Mas essa iniciativa tem o potencial para remover a ameaça de armas químicas sem o uso da força."
Os EUA querem atacar a Síria como punição pelo ataque com armas químicas de 21 de agosto que, segundo autoridades norte-americanas, matou 1.429 pessoas. Assad nega ter usado essas armas e a Rússia diz que também há dúvidas sobre a autoria do ataque.
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