O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pediu neste domingo a todos os norte-americanos que façam "uma reflexão tranquila" sobre o caso do adolescente negro Trayvon Martin, depois que o acusado por sua morte, George Zimmerman, foi declarado inocente ontem.
Vários protestos aconteceram em todo o país depois que no sábado um júri da Flórida absolveu Zimmerman, 29 anos, das acusações de assassinato em segundo grau e homicídio culposo pela morte de Martin, em fevereiro de 2012.
Em comunicado emitido hoje pela Casa Branca, Obama pediu respeito ao pedido dos pais de Martin de se fazer uma reflexão tranquila sobre os eventos. "A morte de Trayvon Martin foi uma tragédia. Não só para sua família, para qualquer comunidade, mas também para os Estados Unidos", afirmou o presidente.
Bandeira americana é queimada em protesto contra absolvição de George Zimmerman
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Pequenos incêndios foram registrados durante protestos no centro de Oakland
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Ao menos 13 pessoas foram presas em Los Angeles após protestos nesta segunda
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Homem ferido em manifestações é socorrido em Oakland
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Explosivos foram utilizados no centro de Oakland
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Manifestante destrói vitrine em Oakland
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Em Los Angeles houve incidentes de saques a lojas, além de ataques a carros e pessoas na rua
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Los Angeles teve novo protesto nesta segunda-feira
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Manifestantes tentam derrubar grade em Los Angeles durante novos protestos, nesta segunda-feira
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Em Oakland, viatura policial foi atacada por manifestantes
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Manifestantes picharam "kill pigs" ("matem os porcos") em viatura policial em Oakland; indignação se voltou contra policiais após absolvição do ex-vigia George Zimmerman
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Bandeira foi queimada em rua de Oakland
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Protestos nos Estados Unidos tiveram episódios de depredação após absolvição de George Zimmerman
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Após 25 dias de julgamento, absolvição de Zimmerman gerou indignação nos Estados Unidos
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Americanos foram às ruas por considerarem injusta a absolvição de George Zimmerman, acusado de matar um jovem negro por motivos raciais
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Centenas de pessoas reunidas na frente do tribunal lamentaram a decisão
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Em Nova York, manifestantes pedem a prisão de Zimmerman. O ex-vigilante diz que matou o jovem em legítima defesa
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Passeatas por todos os Estados Unidos tiveram início após o julgamento
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Em diversas cidades americanas, pessoas foram às ruas protestar na noite deste sábado
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Policiais acompanham manifestação em Los Angeles
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Em Los Angeles, centenas marcham durante a noite; gritos de "vergonha" e pedidos de justiça mobilizam manifestantes
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Juíza Angela Corey fala com a imprensa após julgamento
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George Zimmerman sorri após ser inocentado
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Mark O'Mara, advogado do ex-vigilante, beija mulher após cliente ser absolvido
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Benjamin Crump, advogado da família de Trayvon, lamenta decisão do júri
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Zimmerman, um ex-vigia voluntário, manteve sua posição de que atirou em defesa própria contra Martin, 17 anos, que retornava de noite à casa da parceira de seu pai e caminhava por Sanford, no centro da Flórida, com o capuz do suéter sobre a cabeça.
A versão de Zimmerman sobre sua ação de autodefesa afirma que Martin o golpeou com um soco no nariz, o empurrou e, após cair no chão, o rapaz montou sobre ele e começou a golpeá-lo e bater sua cabeça contra o chão, por isso efetuou o disparo.
"Sei que esse caso gerou fortes paixões. E por causa da sentença, sei que essas paixões podem se incrementar. Mas somos uma nação de leis, e um júri falou. Agora peço a todos os americanos que respeitem o pedido de reflexão tranquila de dois pais que perderam seu filho", acrescentou Obama.
Obama afirmou que, enquanto o país ainda digere os eventos, a população deve se perguntar se está "fazendo o possível" para ampliar "a compaixão e a compreensão" dentro das próprias comunidades dos Estados Unidos.
"Devemos nos perguntar se estamos fazendo o possível para deter a onda de violência armada que acaba com muitas vidas em todo o país de maneira diária. Devemos nos perguntar a nós mesmos, como indivíduos e como sociedade, como podemos prevenir futuras tragédias como esta. Como cidadãos, isso é um trabalho para todos nós. Essa é a maneira de se homenagear Trayvon Martin", concluiu.