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Estados Unidos

Obama oferece mais apoio em defesa para aliados do Golfo

15 mai 2015 - 01h11
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O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, ofereceu nesta quinta-feira mais cooperação em segurança para seus aliados no Golfo Pérsico e deixou as portas abertas para o uso da força para defender essas nações se for necessário, diante dos temores na região pelas consequências de um potencial acordo nuclear com o Irã.

No entanto, o presidente americano deixou claro, ao término de uma cúpula de dois dias com líderes de Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Kuwait, Catar, Omã e Bahrein, na residência presidencial de Camp David, que esses países apoiariam um acordo nuclear com o Irã, desde que o mesmo seja "exaustivo e verificável".

Em caso de "agressão" ou "ameaça de agressão" contra esses países do golfo, os EUA estão preparados para trabalhar com eles e determinar quais ações deverão ser tomadas, "incluindo o potencial uso de força militar", destacou Obama em um pronunciamento ao final da cúpula.

O chefe de Estado dos EUA comentou que os países presentes na cúpula lhe transmitiram que, se após as negociações entre o Irã e o Grupo 5+1 (EUA, França, Reino Unido, China e Rússia, mais Alemanha), for atingido um acordo que impeça Teerã de desenvolver uma arma nuclear, "isso estaria condizente com os seus interesses e com os interesses da região, e também da comunidade internacional".

"Além disso, existe a preocupação, da qual eu compartilho, que se conseguirmos lidar de maneira eficaz com a questão nuclear, ainda teremos que lidar com as ações desestabilizadoras do Irã na região", frisou Obama.

O ministro das Relações Exteriores da Arábia Saudita, Adel al Yobeir, disse aos jornalistas que é "cedo demais para prejulgar" as negociações com o Irã, porque até agora há "só um acordo marco" e não se sabe "se os iranianos aceitarão as condições" que serão propostas nas próximas semanas.

Entre os compromissos conseguidos hoje na cúpula, os Estados Unidos oferecerão assistência aos países do Conselho de Cooperação do Golfo (CCG) para desenvolver um sistema integrado de defesa antimíssil e vão agilizar as transferências de armas à região.

Também haverá "mais capacitação e cooperação entre nossas forças de operações especiais, compartilhando mais informação, e uma segurança fronteiriça mais forte para evitar o fluxo de combatentes estrangeiros", detalhou Obama.

Além disso, os países vão aumentar sua cooperação em segurança marítima, cibernética e no combate ao terrorismo.

Durante a cúpula, os países também conversaram sobre a situação de segurança no Iêmen e a trégua humanitária que está em vigor desde a terça-feira, além dos conflitos em Síria, Iraque e Líbia.

EFE   
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