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Oriente Médio

Obama mantém gastos com guerra afegã e corta para Iraque

14 fev 2011 - 15h28
(atualizado às 16h26)
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O presidente norte-americano, Barack Obama, propôs na segunda-feira gastar quase US$ 110 bilhões no Afeganistão, indicando uma redução pequena da guerra no país, apesar da exigência por um maior controle sobre os gastos domésticos.No orçamento para o ano fiscal de 2012, Obama propôs gastos de apenas US$ 16 bilhões no Iraque, uma queda significativa, enquanto diplomatas norte-americanos entram no lugar das tropas de combate sob um acordo de segurança entre os dois países.

Obama visita aula de ciência em Baltimore: orçamento traz cortes na guerra para investir no "social"
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Foto: AFP

Obama previu um custo total para os EUA nas guerras em ambos os países em cerca de US$ 160 bilhões nos orçamentos propostos tanto para 2010 como para 2011. A solicitação do orçamento 2012 de Obama para o Departamento de Estado e para a Agência para o Desenvolvimento Internacional (Usaid) ficou em US$ 47 bilhões, 1% maior em relação aos níveis de 2010.

Os republicanos, que assumiram o controle da Câmara dos Deputados nas eleições de novembro, pediram por uma nova e dura revisão sobre os gastos não-militares no exterior em meio às exigências para que se controle o déficit federal do país. A proposta de orçamento para o ano fiscal de 2012 concentra-se na verba para algumas das prioridades de Obama, incluindo a saúde e iniciativas para a segurança alimentar, ao mesmo tempo em que corta a assistência direta a diversos países e organizações regionais.

A proposta orçamentária de Obama prevê US$ 107 bilhões em gastos militares no Afeganistão, de onde prometeu começar a retirar a primeira parte dos cerca de 100 mil soldados norte-americanos em combate contra os insurgentes do talibã até o meio deste ano. O Departamento de Estado, reforçando a sua "onda" civil destinada a estabilizar o país, gastaria outros US$ 2,2 bilhões lá, enquanto busca aumentar os programas assistenciais e a ajuda.

Obama também propõe manter a ajuda significativa ao Paquistão a fim de armar, treinar e equipar os militares do país para combater extremistas, com cerca de US$ 1,1 bilhão para o Fundo Paquistanês de Contra-Insurgência, praticamente o mesmo valor do ano passado.

O ápice das despesas de guerra do país nos últimos anos ocorreu no ano fiscal de 2008, o último ano de George W. Bush na Presidência, quando os gastos com operações de guerra chegaram a US$ 185 bilhões. No total, a guerra do Iraque ainda custou mais do que o conflito no Afeganistão iniciado depois dos ataques de 11 de setembro de 2001 contra os EUA.

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