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Estados Unidos

Obama espera que embaixada dos EUA em Cuba seja aberta antes de cúpula em abril

2 mar 2015 - 21h11
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O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse nesta segunda-feira ter esperanças de que os EUA consigam abrir uma embaixada em Cuba antes da reunião de cúpula de países americanos marcada para meados de abril no Panamá.

Obama concede entrevista à Reuters na Casa Branca. 02/03/2015.
Obama concede entrevista à Reuters na Casa Branca. 02/03/2015.
Foto: Kevin Lamarque / Reuters

Em uma entrevista à Reuters, Obama também alertou que será preciso mais tempo para uma normalização total das relações com Cuba, após mais de meio século de ruptura.

“Minha esperança é que sejamos capazes de abrir uma embaixada, e que alguma parte do trabalho inicial de base seja apresentado” antes da Cúpula das Américas, na Cidade do Panamá, disse Obama.

“Mantenham em mente que nossa expectativa nunca foi a de que atingiríamos totalmente as relações normais imediatamente. Há muito trabalho que ainda precisa ser feito”, disse ele.

Washington e Havana anunciaram em 17 de dezembro que planejavam restaurar relações diplomáticas após 18 meses de negociações secretas.

Enquanto críticos, incluindo alguns parlamentares norte-americanos, disseram que o encerramento das tentativas dos EUA de isolar Cuba representava um presente ao governo autoritário cubano, Obama disse já haver sinais de que o passo esteja levando Havana a se liberalizar.

“Estamos trilhando um caminho no qual podemos abrir nossas relações com Cuba de uma maneira que em última instância vai levar a mais mudanças em Cuba. E já estamos vendo isso”, disse o presidente dos EUA.

“O simples fato de que, desde o nosso anúncio, o governo cubano começou a discutir maneiras pelas quais eles vão reorganizar sua economia para acomodar possíveis investimentos estrangeiros, isso já é forçar uma série de mudanças que prometem abrir ainda mais as oportunidades para empreendedores, mais transparência em termos do que está acontecendo na economia”, disse ele.

“E essa sempre foi a premissa dessa política; a de que, após 50 anos de uma política que não funcionou, nós precisamos tentar algo novo que encoraje e que, em última instância, eu acho que força o governo cubano a se engajar em uma economia moderna. E que isso vai criar mais espaços de liberdade para o povo cubano”, afirmou Obama.

As equipes de negociação dos EUA e Cuba realizaram uma segunda rodada de conversas em Washington na sexta-feira sobre a normalização dos laços. Ambos os lados disseram ter feito progresso, embora não tenham especificado uma data para uma renovação formal das relações diplomáticas, rompidas pelos EUA há 54 anos.

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