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Estados Unidos

Obama diz que programas de espionagem contam com "amplo apoio" bipartidário

7 jun 2013 - 14h34
(atualizado às 14h56)
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O presidente americano, Barack Obama, assegurou nesta sexta-feira que os programas de espionagem de chamadas e comunicações na internet contam com um "amplo apoio bipartidário" no Congresso e são continuamente supervisionados.

Obama disse na Califórnia - onde hoje se reunirá com o presidente da China, Xi Jinping - que estes programas "ajudam a prevenir ataques terroristas" e foram revisados por sua equipe de assessores, pelo Congresso e pelo Poder Judiciário.

Segundo o presidente, "não se pode ter 100% de privacidade e 100% de segurança", assegurando que se conseguiu "o equilíbrio adequado" apesar das comparações com o "Big Brother" dos programas de espionagem revelados pela imprensa esta semana.

O jornal britânico "The Guardian" revelou esta semana que a NSA (Agência de Segurança Nacional) e o FBI recolhem todos os dias registros de chamadas de milhões de clientes das operadoras de telefonia, em virtude de uma ordem judicial secreta.

Além disso, ontem foi divulgado que também eram recolhidos dados dos servidores das grandes empresas americanas de internet, entre elas Microsoft, Yahoo!, Facebook, Skype e Apple, sobre comunicações no exterior.

Obama assegurou hoje que "ninguém escuta o conteúdo das ligações telefônicas" (algo que deve contar com ordem judicial) e assinalou que o programa secreto que recolhe os dados de contatos telefônicos nos EUA se limita a obter detalhes como duração da chamada e número de telefone para investigar conexões terroristas.

"O Congresso é informado continuamente sobre como se realiza (a espionagem secreta), há uma grande categoria de salvaguardas e os juízes federais supervisionam todo o programa", disse o presidente, reiterando o apoio existente tanto entre republicanos como de democratas.

No que se refere ao programa de espionagem de servidores de gigantes de internet da NSA, conhecido como "PRISM" (Prisma), Obama assinalou que "não é aplicado a cidadãos americanos ou pessoas que vivam nos Estados Unidos".

O presidente americano também criticou os vazamentos destes programas classificados por parte da imprensa, e assegurou que não compartilha que eles sejam apresentados como medidas "de alguma maneira suspeitas".

"Se cada passo que dermos para tentar prevenir o terrorismo acaba na primeira página de um jornal ou na televisão, presumivelmente as pessoas que tentam nos atacar serão capazes de se esquivar de nossas medidas preventivas", concluiu o presidente.

EFE   
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